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    Copa de 1990: 'Achei que nunca mais teria graça'

    MARIANA LAJOLO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    12/07/2014 00h01

    Em 1990 eu tinha 12 anos e pela primeira vez assistia a uma Copa entendendo de futebol. Em grande parte graças às conversas com meu pai. Sabia que o tal de Lazaroni, o técnico, era retranqueiro. E que a seleção, jogando daquele jeito, não iria longe.

    Não gostava do Mozer e do Dunga, nem botava fé no Taffarel. Fui preparada para o pior. Mas, quando a Copa começou, tudo o que queria era o tetra. Vi todos os jogos que pude e elegi craques favoritos: o Lothar Matthäus e o bigodudo Rudi Voller, da Alemanha, e o cabeludo Caniggia, da Argentina.

    Por isso, o 1 a 0 nas oitavas doeu mais do que imaginava. Do Lazaroni esperava tudo, mas o Caniggia, que fez o gol no Brasil, não podia ter me traído.

    Fiquei muito triste, queria que meu pai pudesse mudar o que tinha acontecido. Achei que nunca mais teria graça torcer pelo Brasil. Mas, quatro anos depois, gritei o nome do Taffarel como louca e vi o Dunga erguer a taça.

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    1990
    ARGENTINA 1x0 BRASIL

    A Copa de 1990 foi chata, com times retrancados e futebol ruim. A Alemanha levantou a taça numa final, como neste ano, contra a Argentina -de quem o Brasil, que também jogava muito na defesa, perdeu nas oitavas por 1 a 0.

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