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    Com ioga e meditação na escola, alunos tiram até notas mais altas

    TAÍS HIRATA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    29/11/2014 00h01

    A meditação mudou a rotina de alunos de uma escola de São Paulo, que é feita antes das aulas de matemática, português etc.

    Desde o começo do ano, a prática acontece todos os dias com as 134 crianças do Centro de Apoio O Visconde, no Real Parque (zona oeste da cidade).

    Começa no pátio. Deitados, os alunos fazem 20 minutos de ioga (conjunto de exercícios físicos e de respiração). Guardam os colchonetes e seguem em fila para uma sala de aula.

    Lá, eles praticam mais 20 minutos de meditação. Sentados em posição confortável –alguns esparramados na carteira– fecham os olhos e mentalizam palavras ou sons.

    "Antes eu gritava toda hora, agora fico mais calma", diz Leticielly Silva, 10. "Medito em casa também, de vez em quando." Ela ensinou a técnica para ajudar um amigo da escola que, segundo ela, "só fazia bagunça".

    Orientadora do centro, Glenir Monte, 31, diz que a mudança de comportamento é visível. "Antes eles tinham muito problema de relacionamento, hoje convivem melhor", conta.

    Gabriel Souza, 11, é um dos ficou mais "zen" desde que começou a meditação. Mas o garoto nem sempre gosta das aulas. "Às vezes fico entediado, demora muito." Ele, no entanto, reconhece. "Acho que agora consigo prestar mais atenção na escola. Outro dia tirei até 9 em geografia, que eu detesto."

    "O ideal seria que as aulas fossem incorporadas ao dia a dia das escolas", diz Flávia Baptista, 38, diretora da Sociedade Internacional de Meditação. "Mas é difícil, porque têm que cumprir a carga horária."

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