Em sua carta para o Papai Noel, Guilherme Maatouk, 10, conta que descobriu que ele não tem uma fábrica de brinquedos. Mas o garoto quer saber como o bom velhinho entra em seu apartamento.

Leia abaixo.

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Querido Papai Noel:

Eu me chamo Guilherme, tenho 10 anos e moro em São Paulo.

Esse é um ano muito importante para mim, porque é a primeira vez que escrevo uma carta diferente para o senhor. Nas outras, eu apenas contava que tinha me comportado durante o ano e o presente que gostaria de ganhar, o qual sempre encontrei embaixo da minha árvore.

Hoje escrevo para dizer que soube que o senhor não tem uma fábrica de brinquedo e nem é quem me dá o presente que tanto desejo. Confesso que foi difícil acreditar nessa história, mas pensando bem, entendi uma coisa que nunca entendia: por que meus pais ajudavam a fazer sacolinhas de Natal para crianças de orfanato. Por que o senhor não entregava para elas? Será que não tinham se comportado?

Agora entendo que quem compra os presentes são nossos pais e, por elas não terem os pais por perto, recebem de outras pessoas, que doam com amor, para que essas crianças também tenham uma noite de Natal feliz.

Tudo bem que não é o senhor quem compra os presentes, nem daria né!? São muitas crianças pelo mundo, mas sei que é o senhor quem os entrega em nossas casas. Uma dúvida: como consegue entrar no meu apartamento? Isso eu ainda não descobri, quem sabe te conto na próxima carta... O que eu sei é que sempre teremos muita coisa para conversar. Te espero no dia 25 de dezembro!

Com carinho,

Guilherme Maatouk, 10