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    Minecraft faz crianças idolatrarem donos de canais do YouTube

    TONI SCIARRETTA
    JÚLIA BARBON
    RAFAEL GÓMEZ
    DE SÃO PAULO

    28/03/2015 00h01

    Você pode até não conhecer Eduardo Faria, mas ele é uma celebridade. Há dois anos, o brasileiro de 33 anos morava em Portugal e viajou a São Paulo para participar do Brasil Game Show (maior evento de jogos da América Latina).

    Eram tantos os fãs querendo tirar fotos, pedir autógrafos e falar com ele que houve confusão, e os seguranças disseram que seria melhor ele ir embora.

    Ator? Cantor? Escritor? Não, ele tem um canal no YouTube, o VenomExtreme, com quase 4 milhões de seguidores, em que aparece jogando Minecraft.

    No jogo, sucesso mundial, o objetivo é construir o que a imaginação permitir com blocos virtuais (entenda o game abaixo).

    Chamados de "youtubers", os donos dos canais ganham a vida narrando em vídeos, muitos gravados dentro de seus quartos, como constroem castelos, navios, naves espaciais etc.

    O vídeo mostra o jogo, com a narração do jogador, que pode ou não aparecer no canto da tela e às vezes até falar sobre sua vida pessoal. Alguns são garotos que mal deixaram a fase da adolescência.

    No público, há crianças que gastam boa parte do tempo jogando e outro bocado assistindo aos vídeos. Ou fazendo as duas coisas ao mesmo tempo.

    Guilherme Yoshizato, 11, joga, em média, sete horas por dia e adora "youtubers". "Meu sonho é dar um abraço neles, entregar presentes, conversar." Sabe tudo sobre os ídolos: "Para a dupla do canal TazerCraft, daria Coca e Pepsi, porque sei que gostam".

    A mãe de Julia Patricio, 10, pensa em limitar o tempo que a filha passa jogando e vendo vídeos. "Às vezes fico com dor de cabeça", conta a menina.

    Marciana Barros/Folhapress/Editoria de arte
    Entenda o jogo MinecraftCriado em 2009, o Minecraft virou até matéria de escola na Suécia.

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