Cortar o cabelo, tomar remédios e jogar bola são atividades comuns para os filhos da minoria muçulmana rohingya, de Mianmar.

Mas eles não podem fazer isso em casa. Na última sexta (15), ao menos 700 migrantes do país e do território vizinho Bangladesh foram resgatados no mar por moradores da província de Aceh, na Indonésia.

Desde então, esses migrantes estão vivendo em um abrigo da região que agora aloja ao menos 1.500 pessoas.

Lá, as crianças têm seu nome, idade e origem registrados pelas autoridades locais, além de ser medidas e pesadas. Elas improvisam as brincadeiras com caixas de papelão, sacos e, claro, outras crianças.

Como muitas passaram fome e ficaram doentes durante a viagem de barco, também estão recebendo medicamentos por uma equipe de voluntários.

Mianmar se recusa a dar cidadania aos rohingya, cerca de 1,3 milhão de pessoas em uma população de quase 52 milhões. A perseguição e a pobreza levaram mais de 120 mil deles a sair do país nos últimos três anos.

As fotos acima, tiradas durante a última semana, mostram como é a vida dessas crianças no abrigo.