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    'Filhos do Palavra Cantada' aproveitam demanda por boa música infantil

    GABRIELA ROMEU
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    21/11/2015 03h05

    Quando algo nasce e cresce forte, gera "filhotes". Foi assim na música infantil brasileira: o sucesso da dupla Palavra Cantada, que existe há 20 anos, incentivou o surgimento de muitos outros grupos.

    Tiquequê e Triii são algumas das bandas que criam sons para crianças mais acostumadas a consumir música de qualidade -um cenário bem diferente do tempo em que vitrolinhas tocavam discos das apresentadoras que faziam sucesso nos programas de televisão infantis.

    Até compositores e grupos "para adultos", como Adriana Calcanhotto, Zeca Baleiro, Patu Fu e Barbatuques, já fizeram incursões pela cena musical dirigida às crianças.

    "Cada um difere muito do outro, mas claro que são muito fruto do Palavra Cantada", diz Marina Pittier, do trio do Triii. Ela já fez parte da banda que acompanha a dupla, formada por Paulo Tatit e Sandra Peres e que já lançou 17 CDs e nove DVDs.

    Tatit, tio de Diana e Bel, que fazem música no Tiquequê, comemora o nascimento de novos trabalhos. "O Palavra Cantada deixou um modelo de como trabalhar com música para crianças", diz.

    No manual de música infantil de qualidade, está um repertório mais voltado a mostrar o que é arte.

    "Quando compomos para crianças, pensamos em temas para envolvê-las, e não ensiná-las", afirma Diana Tatit.

    Criado em 2001, o Tiquequê leva ao palco cantigas tradicionais da infância, canções cheias de brincadeiras e ainda composições inéditas que falam de crianças da atualidade.

    Para alcançar uma plateia maior, muitas canções vão parar na internet. O Palavra Cantada tem vídeos que ultrapassam os 2 milhões de acessos. Na trilha de explorar esse ambiente digital, "O Gigante", que é o título de um CD do Tiquequê, tem mais de 280 mil visualizações no YouTube.

    A demanda por trabalhos infantis foi percebida pelo grupo de percussão corporal Barbatuques, que tem 18 anos de trajetória e, em 2012, lançou seu primeiro trabalho para crianças, "Tum Pá", e já planeja um segundo disco para 2016.

    "Pensamos em música para diversas situações: para a criança se movimentar, para uma escuta atenta, para entender o significado da letra ou perceber os sons", conta o barbatuque André Hosoi.

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