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    Menina de 10 anos faz projeto para ajudar crianças com câncer nos EUA

    CAROL OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    17/03/2016 02h10

    A norte-americana Madeline Domian, 10, decidiu fazer algo para ajudar crianças com câncer depois que passou por uma situação triste em sua família: sua tia Kathie foi diagnosticada com a doença aos 65 anos de idade e morreu dois anos depois.

    Primeiro, a menina começou a vender cookies e doou o dinheiro obtido para a Sociedade Americana do Câncer. Quando veio o anúncio da morte da tia, ela decidiu fazer algo ainda maior.

    Moradora do distrito de Saint Louis, no Estado norte-americano do Missouri, Maddie pediu à diretora de sua escola se poderia fazer um projeto no colégio –assim surgiu a proposta de criar kits que ajudassem a animar crianças com a doença.

    Alunos de várias idades participaram de uma gincana para coletar doações e conseguiram montar 50 cestas com lápis de cor, caça-palavras, revistas, doces e cobertores feitos à mão.

    "Meu desejo é manter a memória da minha tia viva e ajudar crianças", disse a menina à "Folhinha" por telefone.

    A menina conta que os colegas da escola gostaram bastante da ideia. "Muitos dos meus amigos doaram, e eles passaram o fim de semana me ajudando a montar os kits", diz.

    Além de coletar e organizar o material, os amigos de Maddie também entregaram tudo pessoalmente em hospitais da região. "Nós não conseguimos falar com as crianças porque era muito cedo e elas estavam dormindo, mas nós vimos fotos delas", explica.

    CÂNCER

    De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 150 mil crianças são diagnosticadas com câncer todos os anos.

    A doença pode acontecer em várias partes do corpo. O câncer se manifesta quando células "defeituosas" começam a se multiplicar sem controle, o que pode gerar problemas muito graves no corpo, que levam à morte.

    O Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que mais de 12 mil crianças e adolescentes descobrirão ter câncer neste ano. As instituições de saúde mostram que cerca de 70% dos jovens diagnosticados com a doença podem ser curados se o diagnóstico e o tratamento forem precoces e adequados.

    Novos kits serão entregues por Maddie em abril nos EUA, e a menina conta que pretende manter o projeto por mais tempo. Ela diz que até mesmo sua bisavó, Ginni, que tem 91 anos, costurou cobertores e chapéus para ajudar a iniciativa. Sua irmã, Maria, 8, também participou ativamente do projeto.

    Maddie adora cantar e dançar e quer ser atriz quando crescer. Por isso, ela espera que as crianças que receberem seus kits consigam desfrutar, ao menos um pouquinho, da felicidade que ela mesma sentiu quando visitou a Broadway –rua de Nova York que é conhecida por seus espetáculos de teatro.

    "Tudo que as crianças querem é se divertir e brincar, não importa se elas têm câncer ou não", afirma Maddie.

    Veja abaixo um vídeo da menina e de seus colegas organizando os kits para doação.

    Rockwood Students Create Comfort Kits for Cancer Patients

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