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    Leia frases do escritor Machado de Assis por temas

    da Folha Online

    29/09/2008 07h35

    O humor irônico é uma das marcas do escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908). Algumas frases do carioca ficaram célebres, veja uma seleção por temas.

    Abolição

    "A abolição é a aurora da liberdade; emancipado o preto, resta emancipar o branco."
    Em "Esaú e Jacó" (1904)

    Adolescência

    "Há em cada adolescente um mundo encoberto, um almirante e um sol de outubro."
    Em "Dom Casmurro" (1899)

    "Aos quinze anos, há até certa graça em ameaçar muito e não executar nada."
    Em "Dom Casmurro" (1899)

    Divulgação
    Escritor Machado de Assis é dono de frases marcantes e que expressam um arguto ponto de vista sobre diversos temas
    Escritor Machado de Assis é dono de frases marcantes e que expressam um arguto ponto de vista sobre diversos temas

    Alegria

    "Não há alegria pública que valha uma boa alegria particular."
    Em "Memorial de Aires" (1908)

    Amor

    "A falta de afeição é que traz a injustiça."
    Em "Histórias da Meia Noite" (1873)

    "Amor de mãe é a mais elevada forma de altruísmo."
    Em "Páginas Recolhidas" (1899)

    "É regra velha, creio eu, ou fica sendo nova, que só se faz bem o que se faz com amor. Tem ar de velha, tão justa e vulgar parece."
    Em "Memorial de Aires" (1888)

    "Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis..."
    Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881)

    "Não se deliberam sentimentos; ama-se ou aborrece-se, conforme o coração quer."
    Em "Helena" (1876)

    "Os melhores amores nascem de um minuto."
    Em carta a Salvador de Mendonça (1876)

    "Só as grandes paixões são capazes de grandes ações."
    Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881)

    "Para eu amar-te devias
    Outra ser e não como eras."
    Em "Erro", "Crisálidas" (1864)

    Boato

    "O boato é um ente invisível e impalpável, que fala como um homem, está em toda a parte e em nenhuma, que ninguém vê de onde surge, nem onde se esconde, que traz consigo a célebre lanterna dos contos arábicos, a favor da qual se avantaja em poder e prestígio, a tudo o que é prestigioso e poderoso."
    Em "Comentários da Semana" (série de crônicas, 7 de janeiro de 1862)

    Brasil

    "Um dos defeitos mais gerais, entre nós, é achar sério o que é ridículo, e ridículo o que é sério, pois o tato para acertar nestas coisas é também uma virtude do povo."
    Em "Ao Acaso" (28 de março 1865)

    "Pátria brasileira (esta comparação é melhor) é como se disséssemos manteiga nacional, a qual pode ser excelente, sem impedir que os outros façam a sua."
    Em "A Semana" (8 de maio de 1892)

    Casamento

    "O casamento é a pior ou a melhor coisa do mundo; pura questão de temperamento."
    Em "Helena" (1876)

    Elogios

    "Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até o corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado"
    Em "A Semana" (25 de setembro de 1892)

    Defeitos

    "Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir"
    Em "Carta a Lucio de Mendonça" (24 de janeiro de 1872)

    Filhos

    "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria."
    Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881)

    "Encha uma pequena mala com idéias e frases feitas, se puder, abençoe o rapaz e deixe-o ir."
    Em "Balas de Estalo" (3 de abril de 1885)

    Glória

    "As glórias de empréstimo, se não valem tanto como as de plena propriedade, merecem sempre algumas mostras de simpatia."
    Em "A Semana" (16 de outubro de 1892)

    Homem

    "Antes do poeta mostra-se o homem, antes do talento o caráter."
    Em "Comentários da Semana", (série de crônicas, 26 de janeiro de 1862)

    Imitação

    "Quando a gente não pode imitar os grandes homens, imite ao menos as grandes ficções."
    Em "A Semana" (19 de novembro de 1893)

    Inferno

    "O inferno é um hospício de incuráveis."
    Em "A Semana" (18 de fevereiro de 1894)

    Juízo

    "Em si mesma, a loucura é já uma rebelião. O juízo é a ordem, é a constituição, a justiça e as leis."
    Em "A Semana" (17 de janeiro de 1897)

    Ladrão

    "Não é a ocasião que faz o ladrão, dizia ele a alguém; o provérbio está errado. A forma exata deve ser esta: 'A ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito.'"
    Em "Esaú e Jacó" (1904)

    Loucura

    "A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente."
    Em "O Alienista" (1882)

    Natureza

    "Não seria propriamente um efeito de arte, concordo, e sim da natureza; mas que é a natureza senão uma arte anterior?"
    Em "A Semana" (18 de novembro de 1894)

    Olho

    "As coisas têm o valor do aspecto, e o aspecto depende da retina."
    Em "A Semana" (22 de novembro de 1896)

    Paz

    "O melhor modo de viver em paz é nutrir o amor-próprio dos outros com pedaços do nosso."
    Em "Helena" (1876)

    Pecado

    "O maior pecado, depois do pecado, é a publicação do pecado."
    Em "Quincas Borba" (1891)

    Perdão

    "Quando estimo alguém, perdôo; quando não estimo, esqueço. Perdoar e esquecer é raro, mas não é possível; está nas tuas mãos."
    Em "Iaiá Garcia" (1878)

    Perigo

    "Quem escapa do perigo vive a vida com outra intensidade."
    Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881)

    Política

    "Ouça-me este conselho: em política, não se perdoa nem se esquece nada."
    Em "Quincas Borba" (1891)

    "Venha, venha o voto feminino; eu o desejo, não somente porque é idéia de publicistas notáveis, mas porque é um elemento estético nas eleições, onde não há estética."
    Em "Histórias de 15 Dias" (1º de abril de 1877)

    Possível

    "Tudo é possível debaixo do sol --e a mesma coisa sucederá acima dele - Deus sabe."
    Em "Memorial de Aires" (1908)

    Presente

    "O presente que se ignora vale o futuro."
    Em "A Cartomante", em "Várias Histórias" (1896)

    Prólogo

    "O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado."
    Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881)

    Purgatório

    "Purgatório é uma casa de penhores, que empresta sobre todas as virtudes, a juro alto e prazo curto."
    Em "Dom Casmurro" (1899)

    Realidade

    "Mas, onde cessava ali a realidade e começava a aparência? Vinha de tratar com um infeliz ou um hipócrita?"
    Em "Helena" (1876)

    "Esquece-se o real e palpa-se o impossível."
    No prelúdio de "Falenas" (1870)

    Romance

    "Não confunda o romance com a vida, ou viverá desgraçada."
    Em "Ponto de vista", em "Histórias da Meia-Noite" (1873)

    Segredo

    "Que os segredos, amiga minha, também são gente; nascem, vivem e morrem."
    Em "Esaú e Jacó" (1904)

    Sonho

    "O sonho é uma festa do espírito."
    Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881)

    Teatro

    "Em uma terra onde tudo está por fazer, não seria o teatro, cópia continuada da sociedade, que estaria mais adiantado."
    Em "Comentários da Semana", crônicas, (1º de dezembro de 1861)

    "Não se comenta Shakespeare, admira-se."
    Em "Revista dos Teatros", crítica teatral, (12 de novembro de 1859)

    "Longe de educar o gosto, o teatro serve apenas para desfantasiar o espírito, nos dias de maior aborrecimento."
    Em "Crítica Teatral" (1866)

    Tempo

    "--Que importa o tempo? Há amigos de oito dias e indiferentes de oito anos."
    Em "Ressurreição" (1872)

    "O acaso propusera-lhe um enigma; o tempo dava-lhe a decifração."
    Em "Iaiá Garcia" (1878)

    "Matamos o tempo; o tempo nos enterra."
    Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881)

    Universal

    "O dia estava lindíssimo. Não era só um domingo cristão; era um imenso domingo universal."
    Em "Uns Braços", "Várias Histórias" (1896)

    "O que importa notar é que todas essas multidões de mortos --por uma causa justa ou injusta-- são os figurantes anônimos da tragédia universal e humana."
    Em "A Semana" (23 de fevereiro de 1896)

    Valsa

    "A valsa é a primeira dança do mundo; pelo menos é a única dança em que há poesia."
    Em "Ressurreição" (1872)

    Verdade

    "Não é a verdade que vence, é a convicção."
    Em "Esaú e Jacó" (1904)

    "Eu sei que vossa excelência preferia uma delicada mentira; mas eu não conheço nada mais delicado que a verdade."
    Em "Linha Reta e Linha Curva", "Contos Fluminenses" (1870)

    Verso

    "Uma coisa é citar versos, outra é crer neles."
    Em "Memorial de Aires" (1908)

    Viúvo

    "Um viúvo sem filhos vale por um solteirão; aos sessenta, vale por dois ou três."
    Em "Esaú e Jacó" (1904)

    Viver

    "Variar é viver. São dois verbos que começam com 'v': profunda lição que nos dá a natureza da gramática."
    No conto "Não é o Mel para a Boca do Asno" (1868)

    Xadrez

    "Das qualidades necessárias ao xadrez, Iaiá possuía as duas essenciais: vista pronta e paciência beneditina, qualidades preciosas na vida, que também é um xadrez, com seus problemas e partidas, umas ganhas, outras perdidas, outras nulas."
    Em "A Semana"

    Fontes: "Machado de A a X - Um Dicionário de Citações", de Lucia Leite Ribeiro Prado Lopes (365 págs., editora 34, R$ 49); e "Pensamentos e Reflexões de Machado de Assis", de Gentil de Andrade (301 págs., Civilização Brasileira, esgotado)

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