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    Em forma, Beyoncé 'retorna' com espetáculo retrospectivo

    ADRIANA FERREIRA SILVA
    EM ATLANTIC CITY (NOVA JERSEY)

    28/05/2012 07h03

    Beyoncé esteve apenas quatro meses em licença maternidade desde que sua filha nasceu, em janeiro, mas parece que se passaram dez anos, tamanha pompa e circunstância com que foi tratado seu "retorno aos palcos" na última sexta (25), em quatro shows que terminam hoje, num cassino em Atlantic City, Nova Jersey (EUA).

    A cantora foi a atração de inauguração --ou a "propaganda", como descreveu o jornal "The New York Times"-- do Revel Resort, um complexo US$ 2,4 bilhões com um teatro para 5.500 pessoas, hotel, lojas e restaurantes, além de um labirinto de 12.000 metros quadrados, no qual 2.500 máquinas de jogos eletrônicos se misturam à mesas de pôquer, roletas etc.

    A volta de Beyoncé, por ora seus únicos shows marcados para este ano, causou burburinho: os ingressos para os três primeiros dias, 13.500 bilhetes, foram vendidos em um minuto. Entre os VIPs da plateia, além de seu marido, o rapper e empresário Jay-Z, estavam Michelle Obama. A primeira-dama chegou sob gritos e aplausos, no sábado, e ocupou um balcão com as filhas, Sasha e Malia --que dançaram durante as duas horas de apresentação.

    EM FORMA

    Na estreia, na sexta, foi exibido um vídeo dos ensaios, no qual Beyoncé dizia para sua equipe como estava tensa: "Não quero ficar longe dos palcos por muito tempo para não perder a forma".

    Exagero. Era como se ela nunca tivesse saído de cena. Dançou, sobre saltos altíssimos, suas mais famosas coreografias, incluindo a supersexy performance para a música "Dance for You".

    Ela trocou de roupa seis vezes. Vestiu "hot pants" (microshorts com cintura alta), míni blusas e colãns grudados ao corpão, modelos assinados por Tamara Russo, da marca de luxo Ralph & Russo, que brilhavam com os milhares de cristais Swarovski incrustados nas peças.

    Sem álbum novo, Beyoncé reuniu no repertório faixas de seus quatro discos e as mostrou cercada por um aparato tecnológico formado por gigantescos telões de LED, projeções de imagens que contracenavam com os mais de dez bailarinos e uma estrutura móvel de três níveis montada sobre o tablado, que destacava sua banda --formada somente por mulheres.

    Fez homenagens a Donna Summer ("Naughty Girl"), morta há duas semanas, e a Whitney Houston ("I Will Always Love You", cantada à capella). Entre as cafonices dispensáveis, um vídeo exibiu uma retrospectiva de sua carreira, incluindo uma imagem da cantora embalando a filha, Blue Ivy.

    Em essência, no entanto, Beyoncé tem uma voz poderosa, que se sobressai a todo o marketing do tal retorno, e performance arrebatadora, ainda que milimetricamente ensaiada. É a única atualmente capaz de se igualar a Madonna no panteão das superdivas.

    A jornalista ADRIANA FERREIRA SILVA viajou a convite da Sony Music Brasil

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