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    Autor de "As Vinhas da Ira" recebeu Nobel por falta de opção, revelam documentos

    DE SÃO PAULO

    07/01/2013 10h44

    "Por seus trabalhos realistas e imaginativos que combinam humor, simpatia e percepção social incisiva." Oficialmente, o escritor norte-americano John Steinbeck (1902-1968) ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 1962 por essas razões.

    Documentos divulgados pelo jornal "Svenska Dagbladet" revelam que a Academia Sueca, na verdade, concedeu o prêmio ao autor por considerar que não havia "nada melhor".

    De acordo com o jornal, o autor de "As Vinhas da Ira" bateu outros 66 candidatos apesar de não estar no auge de sua carreira literária. Mas os outros finalistas, o dramaturgo francês Jean Anouilh, a escritora dinamarquesa Karen Blixen e os britânico Lawrence Durrell e Robert Graves não conseguiram convencer os quatro integrantes do júri.

    Um deles, Henry Olsson, disse na época que "não há candidatos óbvios e a comissão está em uma situação nada invejável".

    Blixen foi retirada da lista por ter morrido naquele ano; Anouilh tinha poucas chances porque seu compatriota Saint-John Perse tinha vencido o prêmio em 1960, e os jurados consideraram que Durrell ainda não estava maduro o suficiente para receber o prêmio.

    Restavam Steinbeck e Graves, mas o comitê optou por não premiar o britânico, por considerarem que sua carreira era "limitada à poesia", --embora Graves tenha escrito vários romances históricos.

    No entanto, a eleição das vozes polêmicas e muitos levantaram contra. E próprio Steinbeck, em seu discurso, disse: "Em meu coração pode haver dúvida se eu mereço o Prêmio Nobel, em vez de os outros homens a quem eu respeito e reverencio".

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