• Ilustrada

    Sunday, 28-Apr-2024 01:04:56 -03

    Gays de 'Amor à Vida' ganham o público, que espera beijo entre homens no horário nobre

    KEILA JIMENEZ
    COLUNISTA DA FOLHA

    12/01/2014 03h00

    Além da fertilidade geral dos personagens, com o típico "baby boom" de impressionar a China, final de novela sempre traz o beijo que encerrará a história unindo no "para sempre" global o mocinho e a mocinha da trama. Só que, desta vez, a mocinha é mocinho. E o mocinho é o vilão.

    Casal gay de 'Amor à Vida' cresce com transformação de Félix
    Reviravoltas dão tom de dramalhão à trama de 'Amor à Vida'

    A torcida não é pelos óbvios Paloma (Paolla Oliveira) e Bruno (Malvino Salvador), protagonistas de "Amor à Vida". Donas de casa querem ver é a união de Niko (Thiago Fragoso) e Félix (Mateus Solano), casal improvável no início da novela, mas que agora pode selar o "felizes para sempre" com um esperado beijo gay em novelas da Globo, no desfecho da trama no dia 31.

    Divulgação/TV Globo
    Mateus Solano (Felix) e Thiago Fragoso (Niko) em amor à vida
    Mateus Solano (Felix) e Thiago Fragoso (Niko) em amor à vida

    No Twitter, bombam hashtags como "#beijalogo" durante as cenas com Niko e Félix, que ocupam até metade de um capítulo da novela de Walcyr Carrasco. E, nesses dias de onipresença do "carneirinho" (Niko) e da "bicha má" (Félix), a audiência sobe.

    Na última quinta, com os pombinhos em ação, "Amor à Vida" atingiu 39 pontos no Ibope. A média da novela está em 35 pontos -nessa faixa das 21h, as antecessoras, "Salve Jorge" e "Avenida Brasil", tiveram 34,3 e 38,9 pontos de média, respectivamente. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande SP.

    "Essa torcida impressiona", diz Thiago Fragoso, que se diverte com gente que diz a ele que Niko é a "mocinha" da história.

    A reação do público, de fato, vai na direção oposta à de um histórico em que um ator foi agredido na rua por interpretar um gay, personagens lésbicas morreram por causa da rejeição do público e uma cena de beijo foi vetada.

    "É a prova de que público brasileiro evoluiu. Há um sopro de liberdade no ar", diz Carrasco. Ele desconversa quando o assunto é beijo gay.

    A Folha apurou, no entanto, que o autor recebeu carta branca da emissora para escrever o final que considerar mais coerente. E, sim, o beijo gay deve estar no roteiro.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024