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    Filipinas tentam recuperar obras da coleção de Imelda Marcos postas à venda no exterior

    DA REUTERS

    14/01/2014 15h29

    O governo filipino pretende recuperar três pinturas, incluindo uma do impressionista francês Claude Monet, que foram colocadas à venda por uma ex-assessora de Imelda Marcos —viúva do ditador Ferdinando Marcos (1965-1986).

    Vilma Bautista, 75, que foi secretária da ex-primeira-dama, foi sentenciada na segunda-feira (13) a seis anos de prisão em Nova York por comandar um esquema que se destinava a vender obras que pertenciam a Imelda Marcos.

    Shannon Stapleton/Reuters
    Vilma Bautista, ex-secretária de Imelda Marcos, após receber sentença em Nova York, em 13 de janeiro de 2014
    Vilma Bautista, ex-secretária de Imelda Marcos, após receber sentença em Nova York, em 13 de janeiro de 2014

    Entre as obras que Bautista conseguiu vender, estava a tela "Le Bassin aux Nympheas", de Monet, parte da célebre série dos nenúfares –a ex-secretária conseguiu US$ 32 milhões pela pintura.

    Será impossível recuperar a obra, mas as Filipinas querem a devolução de três pinturas que Bautista ainda não havia vendido: outro Monet, "L'Eglise et La Seine a Vetheuil", "Langland Bay", de Alfred Sisley e "Le Cypres de Djenan Sidi Said", de Albert Marquet.

    "Queremos as três pinturas de volta", disse Andrés Bautista, chefe da Comissão Presidencial para o Bom Governo. "Vamos recuperá-las. Elas foram adquiridas com verbas estatais, por isso pertencem ao povo filipino."

    Andrés Bautista —que não é parente de Vilma Bautista— disse que o governo vai mover uma ação cível em Nova York para tentar recuperar os quadros. Ele não citou estimativas sobre o valor.

    As obras desapareceram por volta de 1986, quando Marcos foi deposto numa rebelião popular. Ele morreu três anos depois, no Havaí. Imelda foi acusada de vários crimes, mas nunca foi condenada, apesar da imensa fortuna acumulada durante o regime de seu marido, num patrimônio que inclui a famosa coleção de sapatos da ex-primeira-dama.

    Imelda, 84, atualmente tem mandato parlamentar e nega que a fortuna da sua família tenha sido obtida ilegalmente.

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