Philomena Lee —cuja história virou tema de um filme indicado ao Oscar neste ano— se encontrou com o papa Francisco em Roma, segundo informações do jornal britânico "The Guardian".

Lee, 80, foi ao encontro acompanhada por sua filha, Jane Libbteron, e o ator Steve Coogan —que estrela, co-assina e produz o longa "Philomena".

Os três representavam o "Philomena Project", uma campanha para convencer o governo irlandês a abrir os arquivos de adoção do país, e assim permitir que mães separadas de seus filhos pela adoção forçada possam encontrá-los.

Lee teve um filho, Anthony, dado por freiras irlandesas para adoção nos EUA, em 1955, quando a criança tinha três anos.

A irlandesa reencontrou seu filho anos mais tarde, com a ajuda do jornalista Martin Sixsmith, que escreveu um livro sobre sua história.

A reunião com o papa aconteceu apesar de, no dia anterior, um porta-voz do Vaticano ter negado o fato. "Sua Santidade não vê filmes, e também não irá ver este. É importante evitar usar o papa como parte de uma estratégia de marketing", disse o padre Lombardi.

O encontro também representa a realização de um desejo do diretor do longa, o britânico Stephen Frears ("A Rainha"). Durante o Festival de Veneza de 2013, no qual o filme foi ovacionado, o diretordisse querer que o papa visse seu filme. "Ele parece ser um cara bacana", comentou Frears na época.

O filme deve ser exibido no Vaticano nesta quarta (5).

"Estou honrada e encantada de ter estado na companhia do papa Francisco hoje", disse Philomena após o encontro. Como mostra o filme, eu sempre tive muita fé na Igreja e na boa vontade de por os enganos do passado para trás. Eu espero e acredito que Sua Santidade, o papa Francisco, junte-se a mim na luta para ajudar milhares de mães e filhos que precisam por um fim em suas histórias".

O filme, baseado no livro de Sixsmith e indicado a quatro Oscars, estrela Juli Dench no papel de Lee, além de Coogan, como o jornalista.