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    Outras 60 obras do 'tesouro nazista' são encontradas em casa de alemão

    DE SÃO PAULO

    11/02/2014 17h56

    A coleção de obras de arte de um alemão, suspeito de possuir peças roubadas pelos nazistas, é maior do que autoridades esperavam, afirmou seu porta-voz nesta terça-feira (11).

    Após cerca de 1.400 obras terem sido encontradas em seu apartamento em Munique, em 2012 (informação divulgada apenas no ano passado), foram descobertos outros 60 quadros em uma casa de Cornelius Gurlitt, 80, em Salzburg, na Áustria. Entre elas, obras de mestres como Picasso, Renoir e Monet, informou Stephan Holzinger.

    O advogado Christoph Edel, que atua como surpervisor de Gurlitt, havia arranjado para que os trabalhos estivessem seguros contra invasões ou roubos, segundo informou a agência alemã DPA.

    Os trabalhos estão sendo analisados por especialistas que irão determinar se as obras foram saqueadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

    AFP
    A casa do alemão Cornelius Gurlitt em Salzburg, Áustria
    A casa do alemão Cornelius Gurlitt em Salzburg, Áustria

    HISTÓRICO

    O pai de Gurlitt foi um comerciante de arte que recebeu dos nazistas a missão de vender obras confiscadas, saqueadas ou extorquidas, para obter divisas.

    Apesar de ter vendido a maior parte das obras, se apropriou de um bom número delas. As autoridades alemãs acreditavam que muitas estavam perdidas ou haviam sido destruídas, mas elas foram encontradas na casa de Gurlitt durante uma investigação, em fevereiro de 2012.

    A história dos 1.400 quadros, entre eles obras de Picasso, Otto Dix, Matisse e outros grandes nomes do século 20, foi publicada pela primeira vez na revista "Focus", em novembro do ano passado.

    Desde então, várias famílias judaicas e museus já reclamaram parte das obras, roubadas há mais de 60 anos.

    Uma lista com nomes dos quadros foi publicada no site lostart.de, para que sejam reconhecidos por possíveis donos.

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