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    Ministério da Cultura recua no veto a documentário sobre Covas

    GUILHERME GENESTRETI
    DE SÃO PAULO

    28/02/2014 04h52

    A ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), pediu a revisão do veto ao financiamento via Lei Rouanet de um documentário sobre o ex-governador paulista Mário Covas (1930-2001), do PSDB.

    No dia 17, o projeto do filme "Covas, o Homem e o Estadista", de Thiago Carvalho, foi indeferido pela CNIC (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura) sob justificativa de não ter "caráter cultural".

    Ligada à pasta, a comissão avalia quem pode captar recursos de renúncia fiscal.

    Procurado, o ministério informou que o veto ocorreu por causa do ano eleitoral. Em 2006, quando ocorreram eleições presidenciais, um documentário sobre Leonel Brizola (1922-2004) foi aprovado pela mesma comissão. A informação foi revelada ontem pela Folha.

    Em nota, Marta defendeu o apoio da Lei Rouanet para o filme sobre a trajetória do político tucano. "O projeto se insere no contexto da história política do país; da redemocratização", disse.

    A pedido dela, a Secretaria do Audiovisual solicitou à comissão a revisão do processo. Marta também tem a prerrogativa de reverter a decisão da comissão.

    Orçado em cerca de R$ 580 mil, o filme contaria com material do acervo da Fundação Mário Covas, mantida pelo herdeiro do político.

    O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), primeiro vice-líder do partido na Câmara, criticou o veto à captação de recursos para o média-metragem sobre Covas.

    "Espero que haja bom senso e revejam a decisão", disse ao site "PSDB na Câmara".

    Em seu perfil no Facebook, a Fundação Mário Covas qualificou o veto de "lamentável".

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