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    Mexicanos do metal chegam a SP com temas de 'Breaking Bad'

    BENTO ARAUJO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    04/03/2014 03h20

    Tráfico de drogas, violência, crimes, imigração ilegal de mexicanos que cruzam a fronteira para tentar uma vida melhor nos Estados Unidos. Temas recorrentes nas letras dos mexicanos do Brujeria, uma espécie de supergrupo do metal extremo que passa por seis capitais brasileiras neste mês.

    Essa mesma abordagem andou em alta recentemente, especialmente na popular série "Breaking Bad".

    "Cantamos sobre histórias que acontecem ao nosso redor. Muitas foram roubadas por alguns ratos. Pegue o filme 'Machete' [longa de Robert Rodríguez, de 2010]. Fizeram um filme inteiro baseado em nossas letras e se recusaram a colocar uma única música do Brujeria na trilha sonora", disse à Folha, por e-mail, o vocalista Juan Brujo.

    Divulgação
    Integrantes da banda Brujeria; o vocalista Juan Brujo é o segundo da esq. para a dir.
    Integrantes da banda Brujeria; o vocalista Juan Brujo é o segundo da esq. para a dir.

    No caótico universo do death metal e do grindcore, o Brujeria ficou conhecido como um projeto do guitarrista Dino Cazares, do Fear Factory, que resolveu tirar uma onda e se divertir com amigos, integrantes de bandas como Faith No More, Napalm Death, Dead Kennedys etc.

    Cazares deixou o Brujeria em 2005 e desde então o projeto vem contando com a participação de integrantes de grupos como Carcass, At The Gates, Cradle of Filth etc.

    A banda está comemorando o lançamento de seu novo álbum de estúdio, "Pocho Aztlan", o primeiro disco inédito do grupo depois de 14 anos –com lançamento previsto para o fim do ano. Brujo garante que a banda irá executar novas canções deste álbum na turnê brasileira.

    Além de Brujo, outros membros permanentes da banda são os vocalistas Fantasma e Pinche Peach.

    "Todos os integrantes do Brujeria têm outras bandas, menos eu. Existe uma lista de espera de músicos que desejam tocar conosco", diz o vocalista. Os músicos escondem suas identidades por meio de pseudônimos e máscaras.

    "Não temos empresário e gravadora e não existem regras dentro da banda. É por isso que muitos músicos gostam de fazer parte do Brujeria. Nem sempre eles se divertem com suas outras bandas", diz Brujo.

    Dentre os músicos convidados para a excursão brasileira, está confirmado o nome de Shane Embury, baixista do Napalm Death.

    Com todo o trabalho sujo já feito, hoje, o Brujeria tenta ser apenas normal: "Nada do que fazemos é tão chocante hoje em dia. Não temos nada a esconder, com exceção do meu rosto", afirma Brujo.

    "Sempre serei aquele que ninguém conhece. Nunca procurei a fama e o dinheiro e nunca tive problemas de ego, como alguns daqueles que deixaram o grupo. Sou o mesmo cara de 25 anos atrás, me divertindo quando estamos juntos, na estrada."

    BRUJERIA
    QUANDO 9/3, às 21h
    ONDE Clash Club, r. Barra Funda, 969; tel. (11) 3661-1500
    QUANTO de R$ 80 a R$ 160, no site ticketbrasil.com.br
    CLASSIFICAÇÃO 16 anos

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