A Universidade de Al Azhar, importante instituição islâmica do Egito, pediu nesta quinta-feira (6) a proibição do filme "Noé" nos cinemas do país.
A superprodução de Hollywood, com previsão para estrear nas telas egípcias em 26 de março, contraria o Islã, já que apresenta a imagem de um profeta, segundo a instituição.
Niko Tavernise/Paramount Pictures | ||
Russell Crowe (à frente) como protagonista do filme 'Noé' (Noah), de Darren Aronofsky |
Al Azhar é um órgão consultivo sem poder de decisão e a comissão de censura egípcia ainda não se pronunciou a respeito.
O Egito já censurou o "Código Da Vinci" a pedido da igreja copta ortodoxa. No entanto, autorizou a exibição de "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson.
"Noé" é dirigido por Darren Aronofsky ("Cisne Negro") e conta a história bíblica do homem que construiu uma arca a pedido de Deus, e levou a ela um par de cada espécie animal, para que sobrevivessem ao dilúvio.
Várias instituições cristãs dos Estados Unidos também denunciaram a personagem de Noé interpretado por Russell Crowe.
Crowe, protagonista do épico bíblico, virá ao Brasil para promover o filme. Ele participa de uma coletiva de imprensa no Rio, no dia 18, e da pré-estreia do longa no país, no dia seguinte.
Recentemente, o ator tem feito campanha para que o filme seja visto pelo papa Francisco, chegando inclusive a se oferecer para levar o longa até o Vaticano.
"Noé", que também tem Emma Watson, Jennifer Connelly, e Anthony Hopkins no elenco, estreia oficialmente nos cinemas brasileiros em 3 de abril.