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    O feminismo não deveria existir mais, diz cantora britânica Lily Allen

    DE SÃO PAULO

    07/03/2014 17h53

    A cantora britânica Lily Allen, famosa por suas declarações polêmicas, afirmou que o feminismo "não deveria existir mais" em 2014, já que "todo mundo é igual".

    Allen lançará seu novo disco, "Sheezus", em maio. É o primeiro álbum da cantora desde "It's Not You, It's Me", de 2009.

    A declaração foi dada por ela em entrevista à revista "Shortlist". Falando sobre uma música de seu novo álbum, que ataca a maneira com a qual as mulheres tratam umas às outras, a cantora afirmou que o sexo feminino é o seu "próprio pior inimigo".

    REUTERS/Paul Hackett
    A cantora Lily Allen no Elle Style Awards, em Londres, em 18 de fevereiro
    A cantora Lily Allen no Elle Style Awards, em Londres, em 18 de fevereiro

    "Feminismo. Eu odeio essa palavra, porque não deveria nem existir mais. Nós somos todos iguais, todo mundo é igual. Por que se fala em feminismo? Qual é a versão masculina de feminismo? Não há nem palavra para isso. 'Homenzismo'. 'Macho-ismo'. Não existe", disparou Allen.

    Ela ainda elaborou melhor sua teoria sobre como as mulheres prejudicam elas próprias.

    "Continua igual [costumava ser]. Mas eu não acho que os homens sejam os inimigos. Eu acho que as mulheres são os inimigos. Eu só sei que, quando estou sentada num restaurante e entra uma mulher linda e magra, eu penso instintivamente, 'olha, ela é muito magra e linda e eu sou muito gorda e feia'. Então, é uma coisa competitiva. É estranho. É muito pouco saudável e nós somos nossas próprias piores inimigas."

    Após a publicação da entrevista, a cantora foi bastante criticada por ativistas feministas do mundo todo.

    Pelo Twitter, Lily Allen respondeu às críticas, dizendo que ninguém "tem o direito de me dizer o tipo de feminista que eu sou ou deixo de ser". "Vão se f...", desabafou.

    Depois, ainda retuitou mensagens de fãs que a apoiavam, dando a entender que não é que ela discorde do feminismo, e sim que ela acredita que é um absurdo que ele ainda tenha que existir em 2014.

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