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    Livro raro é localizado nos EUA seis anos após furto em museu no Pará

    DE SÃO PAULO

    14/03/2014 19h10

    Uma obra rara furtada há quase seis anos do Museu Emílio Goeldi, em Belém, e avaliada em mais de US$ 20 mil foi devolvida nesta semana ao país, após ser oferecida para a casa de leilões nova-iorquina Swann.

    O livro em questão, "Rerum Medicarum Novae Hispaniae" (1628), do médico e botânico espanhol Francisco Hernandez, era um entre 60 volumes dos séculos 16 aos 19 retirados da biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, no museu.

    A instituição percebeu a ausência dos livros em dezembro de 2008, durante um treinamento para manuseio e curadoria das coleções da biblioteca, e acredita que o furto tenha ocorrido ao longo de vários meses, dada a quantidade de obras desaparecidas.

    Reprodução
    Imagem do livro 'Rerum Medicarum Novae Hispaniae'
    Imagem do livro 'Rerum Medicarum Novae Hispaniae'

    O livro recuperado não é, segundo o museu, nem o mais antigo nem o mais valioso dentre os desaparecidos.

    Ele foi localizado no final do ano passado, depois que um especialista da galeria Swann foi procurado para avaliar o livro e resolveu checar se constava de uma lista de obras roubadas organizada pela Interpol. Com a confirmação da procedência, a Interpol acionou a Polícia Federal brasileira.

    A notícia veio à tona nesta semana, quando a obra enfim foi entregue na sede da Polícia Federal, em Brasília. Ela será entregue na próxima quarta-feira (19) ao museu.

    A descoberta fará a PF retomar as investigações sobre o furto do livro, agora com a ajuda do FBI (Federal Bureau of Investigation).

    "A investigação não tinha avançado por falta de indícios. Desconfiamos de uma quadrilha conhecida por grandes roubos do gênero, mas não temos provas. Agora, no mínimo podemos vincular o ofertante da obra com o furto", diz o delegado Adalton Martins, chefe da Divisão de Combate aos Crimes contra o Meio Ambiente.

    Com um acervo de mais de 3.000 obras raras, a biblioteca do Museu Goeldi esteve fechada para reformas de 2010 a 2012. Atualmente, os títulos mais valiosos estão guardados em uma sala cofre.

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