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    Crítica: 'A Bela da Tarde' passeia pelo real e o onírico com desenvoltura

    INÁCIO ARAUJO
    CRÍTICO DA FOLHA

    21/03/2014 04h23

    O segredo de "A Bela da Tarde" (Arte 1, 21h30) é não ceder, nunca, a um só registro, seja realista, seja onírico. O filme consegue transitar entre um e outro com uma desenvoltura incomum, embora comum para Luis Buñuel, seu genial diretor.

    Ali está Séverine e, com ela, todas as suas fantasias eróticas, que exerce num bordel luxuoso, só à tarde, pois o resto do tempo permanece casada com um médico tão simpático quanto frágil. O oposto de seus clientes. A tarde é, pois, o momento do sonho...

    Mas sonho bem real, veremos, ao qual se acrescenta a presença absoluta de Catherine Deneuve como Séverine. Como qualificá-la? Ambígua, distante, fria, sonhadora? Tudo isso, talvez. Melhor mostrá-la em imagens: são insubstituíveis. Ali é o momento em que uma ideia, um roteiro, uma atriz e um autor fazem o encontro perfeito.

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