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    Crítica: 'A Morte de um Burocrata', na TV, faz alerta sobre o autoritarismo

    INÁCIO ARAUJO
    CRÍTICO DA FOLHA

    28/03/2014 03h28

    Tomás Gutiérrez Alea é um caso particular na história do cinema cubano. Era próximo de Fidel Castro ao mesmo tempo da revolução em Cuba o suficiente para que seus filmes não tivessem que prestar contas a intermediários.

    Era o que lhe permitia tomar liberdades com o regime, como em "A Morte de um Burocrata" (TV Brasil, 0h30). Nessa bela comédia, um trabalhador é enterrado com sua carteira de trabalho, como forma de homenagem. O problema é que para receber a pensão, a viúva precisava da carteira de trabalho.

    Começam aí confusões capazes de fazer rir mesmo anticubanos de babar na gravata. Um rir com classe, em que se fala desse fenômeno mortal das sociedades socialistas, que é a burocracia, irmã gêmea, no caso, do autoritarismo, para o qual Alea advertia essa sociedade revolucionária, em 1966, ainda jovem.

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