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    Bandas do Lollapalooza misturam gerações e tribos com suas diferenças

    THALES DE MENEZES
    EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

    04/04/2014 03h03

    Definido como uma reunião de rock, pop e eletrônico, o Lollapalooza Brasil vai espalhar tipos bem diferentes em sua terceira edição, dentro e fora dos palcos em Interlagos.

    Desde que Perry Farrell criou o Lollapalooza nos Estados Unidos, em 1991, o festival é marcado pela intensa variedade de gêneros musicais na escalação de cada evento.

    Enquanto os festivais britânicos recorrem a agrupar atrações de estilos semelhantes em um mesmo palco, e o Rock in Rio adota a estratégia das noites dedicadas ao metal, o Lolla quer mesmo é misturar.

    Editoria de arte/Folhapress

    Na segunda edição, em 1992, o rapper Ice Cube se apresentou imediatamente após o show do Pearl Jam, sem grandes sobressaltos na plateia.

    Essa proposta de ecletismo perseverou e foi levada às edições fora dos Estados Unidos. Na programação de amanhã e domingo, ela já fica clara nos chamados "headliners", as atrações principais de cada dia.

    Apesar das guitarras empunhadas por todos, os grandes nomes do evento atraem gerações e sensibilidades variadas.

    O Soundgarden apareceu nos anos 1980, na aurora do grunge, com o peso arrastado da cena de Seattle. O Nine Inch Nails veio na década seguinte, mais pesado ainda, barulhento, um pilar do chamado rock industrial.

    Nada a ver com a forte pegada melódica de Muse e Arcade Fire, bandas que explodiram neste século. Mas há grande distância entre o som delirante do primeiro e os momentos quase fofos do segundo.

    NOMES NOVOS

    O Lollapalooza costuma dar uma colher de chá para bandas emergentes. Por isso, não é vergonha nenhuma um roqueiro de qualquer tribo assumir que não conhece alguns nomes na programação.

    Nesta página estão propostas de roteiros para que o fã consiga formar uma agenda em Interlagos que reúna bandas e artistas que tenham afinidade com seu som favorito.

    Rock também é imagem, então é inevitável que as tietes procurem seus galãs musicais espalhados pelos palcos do Lolla.

    Para elas, amanhã é o melhor dia, desde a hora do almoço, no show do grupo Vespas Mandarinas, com o ex-VJ da MTV Chuck na guitarra e vocal.

    Matthew Bellamy deve arrancar suspiros das seguidoras do Muse à noite —se a banda superar problemas de saúde que cancelaram o show que aconteceria ontem em São Paulo.

    No domingo, o festival tem previsão de terminar uma hora mais cedo, às 22h. Brincadeiras nas redes sociais dizem que é para que os veteranos no palco e na plateia não precisem se deitar muito tarde.

    Nomes que surgiram nos anos 1980 dominam a programação do dia, como Soundgarden, Pixies, New Order e Johnny Marr, ex-guitarrista dos Smiths.
    Provocações à parte, cada um vai achar seu Lolla.

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