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    Fenômeno adolescente Lorde faz show magnético e levanta público

    LÚCIO RIBEIRO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    05/04/2014 20h42

    Tem algo sério acontecendo na música pop quando uma plateia de um mesmo show junta indies marmanjos empolgados e menininhas fãs da série "Crepúsculo" chorando copiosamente. Em cima do palco Interlagos, teoricamente o terceiro mais importante do Lollapalooza, estava a adolescente-fenômeno Lorde, em seu primeiro show no Brasil.

    Essa mistura sui-generis de público, um mar de gente, de certa forma revela que essa mesma música pop ainda procura entender o papel de uma garota de 17 anos com apenas um disco de carreira, um prêmio Grammy na bagagem, vendas monstruosas nos EUA sendo ela uma neozelandesa que não tem oito meses era apenas conhecida no underground da música.

    Nem ela ainda entende. "Eu me sinto com muita sorte de estar aqui [no Brasil] diante de um público desses. Pessoas da Nova Zelândia não costumam muito viajar para fora do país. E eu aqui. E vocês ouvindo minhas palavras", disse Lorde perto do fim de seu belo show, deixando escapar um choro rápido.

    Lorde em ação, ao vivo, chega a ser magnética. Com uma banda de dois integrantes e a ajuda de uma programação sonora que emula um grupo maior e até com backing vocals, ela passeia com sua voz marcante por um inteligentíssimo som atual, que vai de um pop dramático "de meninas" tipo Lana Del Rey a nuances de hip hop e música eletrônica, incluindo dubstep.

    Na hora de seu maior hit, já perto do fim, a pegajosa "Royals" deve ter batido o recorde mundial de celulares levantados em um show na história. Assustador.

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