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    'Morrissey sofreu lavagem cerebral', diz ministra canadense

    DE SÃO PAULO

    24/04/2014 11h18

    A ministra da Pesca do Canadá disse que o ex-Smith Morrissey —conhecido por manifestações polêmicas de defesa ao meio-ambiente— "sofreu uma lavagem cerebral". A declaração foi uma resposta às recentes críticas feitas pelo músico à caça de focas no país.

    Em uma carta publicada pelo site de notícias Canada.com, a política Gail Shea disse que Morrissey está "buscando um empurrão de popularidade" e que o abatimento de focas praticado pelo Canadá é um "processo bem regulado", cujo alvo são "recursos abundantes e sustentáveis".

    Mark Allan - 24.jun.2011/Assossiated Press
    O cantor Morrissey, ex-vocalista dos Smiths
    O cantor Morrissey, ex-vocalista dos Smiths

    "O Sr. Morrissey e seu amigos de Hollywood sofrem lavagem cerebral por décadas de propaganda feitas por grupos marginais e ambientalistas radicais em defesa dos direitos dos animais", escreveu Shea. "Eles deveriam tomar um tempo para considerar os fatos, ou falar com as pessoas cujas vidas são afetadas pela caça de focas.... mas isso deve ser muito difícil de se fazer das torres de marfim de Hollywood".

    "Desde Brigitte Bardot nos anos 1980, caçadores trabalhadores em comunidades rurais têm que lidar com milionários estrangeiros dizendo a eles como deveriam viver suas vidas", prosseguiu a ministra. "[Morrissey] está atacando a vida de pessoas que vivem da generosidade das terras, em vez de viver da venda de discos e audiências de TV".

    Um comunicado de Morrissey sobre a caça foi publicado na sexta (18) em seu site True to You. No texto, ele criticou o apoio da ministra à pratica, considerada por ela um "abatimento humano".

    "Se ela [Gail Shea] considera tal brutalidade algo humano, por que ela não se coloca ao lado das dezenas de milhares de focas cinza que serão abatidas nas próximas semanas?", escreveu o músico. "Ela poderia então testar o aspecto humano de ter sua cabeça arrancada de si mesma. Só então ela poderá falar com autoridade sobre o tema".

    Desde 2006, o músico britânico se recusa a se apresentar no Canadá, em protesto à prática.

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