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    Obra do cartunista e escritor Millôr será concentrada em quatro grupos

    MARCO RODRIGO ALMEIDA
    DE SÃO PAULO

    26/04/2014 03h03

    A leva de livros de Millôr Fernandes que chega às livrarias nos próximos meses retrata uma nova fase na administração da obra do artista.

    "Ele fechava muitos negócios informais. As editoras antes eram muito precárias. Industrialmente os livros eram ruins também. Muita coisa se perdeu, não dá nem pra saber exatamente o que ele publicou", conta Ivan Fernandes, filho do artista.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Após a morte de Millôr, Ivan e a agente literária Lucia Riff renegociaram os contratos e concentraram os livros em quatro editoras: L&PM, Nova Fronteira, Companhia das Letras e Cosac Naify. As duas primeiras já editavam diversos títulos de Millôr.

    "Como a obra dele era antes muito pulverizada, os livros não tinham unidade. As editoras perdiam o interesse em investir nos títulos. Agora teremos poucas editoras fazendo um trabalho mais caprichado, com mais atenção", avalia Riff.

    Dentre as inúmeras parcerias de Millôr no meio editorial, a relação mais profícua ocorreu com a gaúcha L&PM.

    O relacionamento começou em 1974, quando três jovens (todos com 21 anos) visitaram Millôr em sua cobertura em Ipanema para convidá-lo a participar da "Antologia Brasileira de Humor". A visita rendeu, ao longo das quase quatro décadas seguintes, mais de 20 livros, entre eles o sucesso "A Bíblia do Caos", como lembra um dos jovens daquela época, o editor Ivan Pinheiro Machado.

    "Millôr foi meu padrinho de casamento, em 1982, e 'patrono' honorário da L&PM. E foi um dos responsáveis pelo espaço nacional que a L&PM conquistou", conta Machado.

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