Os estilistas italianos Domenico Dolce, 55, e Stefano Gabbana, 51, processados por sonegação de impostos, foram condenados nesta quarta-feira (30) pelo Tribunal de Apelação de Milão a 18 meses de prisão.

De acordo com os juízes, os dois criaram, entre 2004 e 2005, uma empresa de fachada em Luxemburgo, que teria o controle das marcas do grupo, enquanto a empresa atuava de fato na Sicília. Assim, escapavam das autoridades fiscais italianas.

No julgamento em primeira instância, que aconteceu em junho de 2013, os dois criadores da marca de roupas e acessórios de luxo Dolce & Gabbana foram condenados a um ano e oito meses de prisão por evasão fiscal, estimada em quase € 1 bilhão (cerca de R$ 3,09 bilhões).

	Alessandro Garofalo - 26.jun.2007/Reuters
	Estilistas italianos Stefano Gabbana (esq.) e Domenico Dolce na Semana da Moda de Milão, em 2008

A sentença foi reduzida na apelação, quando alguns dos crimes atribuídos à dupla foram prescritos, segundo a imprensa italiana.

Outras quatro pessoas também foram condenadas.

"Estou sem palavras, totalmente sem palavras. Indubitavelmente, vamos apresentar um recurso ao Supremo Tribunal Federal", declarou o advogado dos estilistas, Massimo DiNoia.

O caso veio à tona em 2010, quando o jornal "Sole 24 Ore" revelou que a dupla italiana estava sendo investigada por sonegação de impostos no valor de € 840 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões).

A dupla chegou a ser absolvida por um tribunal de Milão em abril no ano seguinte, porém o tribunal de cassação italiano anulou a decisão.