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    Revelação inglesa, Bastille ganha fãs com rock sombrio

    GIULIANA DE TOLEDO
    DE SÃO PAULO

    02/05/2014 03h10

    O vocalista Dan Smith, 27, jura que levou "muito tempo" até o seu Bastille chegar ao topo das paradas mundo afora. Como a maioria das bandas iniciantes, o grupo londrino amargou noites de pouco público em pubs antes de poder se ouvir tocar no rádio.

    Para quem olha de fora, no entanto, a banda criada em 2010 abocanhou depressa seu lugar entre os atuais músicos preferidos dos jovens britânicos, tocando uma mistura de synthpop com indie rock.

    No último Brit Awards, maior prêmio da música local, venceram o troféu de artista revelação de 2013, com apenas um álbum no currículo, "All This Bad Blood".

    O CD de estreia, de março do ano passado, já vendeu mais de 2 milhões de cópias só no Reino Unido e fez hits como "Pompeii" grudarem nos ouvidos. Em edição especial com dois discos, o álbum chega agora ao Brasil.

    "Fizemos um álbum que amamos e nos divertimos muito. Não tínhamos nenhuma expectativa. As pessoas receberam bem essas canções e não tenho a menor ideia de por que gostaram", diz o vocalista à Folha, em entrevista por telefone.

    Smith é o líder e principal compositor do grupo. Antes de juntar a Kyle Simmons, 26, Will Farquarson, 29, Chris "Woody" Wood, 28, adotava o nome Bastille na sua carreira solo. A escolha vem do dia do seu aniversário, 14 de julho, queda da Bastilha.

    Além do público jovem, a banda já conseguiu atingir também o cineasta e músico americano David Lynch, 68. A convite, remixaram a faixa "Are You Sure" para o seu disco mais recente.

    "Foi incrível. Ele é um dos meus maiores ídolos e ainda nos chamou para tomar um café", conta Smith.

    Assim como a música de Lynch não permite classificação fácil, Smith espera que o Bastille não se encaixe em rótulos. Na sua mão, por exemplo, "The Rhythm of the Night", sucesso da brasileira Corona no início dos anos 1990, ganhou contornos mais sombrios em uma versão.

    "Nós nos construímos canção a canção. Algumas são muito eletrônicas, outras mais roqueiras com muita bateria", diz ele, que planeja colocar mais sons eletrônicos no segundo disco, já em preparação.

    ALL THIS BAD BLOOD
    ARTISTA Bastille
    GRAVADORA Virgin/Universal
    QUANTO R$ 38 (em média; CD duplo)

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