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    Veja um raio-X com as principais atrações da Virada Cultural em SP

    DE SÃO PAULO

    17/05/2014 20h18

    Com atrações nacionais e internacionais, a Virada Cultural 2014 foi realizada no final de semana de 17 e 18 de maio, em São Paulo.

    Entre os destaques estão o retorno da banda Ira!, o grupo britânico de hard rock Uriah Heep, a funkeira Valesca Popozuda, Baby do Brasil, Vanessa da Mata, Luiz Melodia e Teatro Mágico.

    Saiba abaixo Tudo o que rolou nos shows.

    Daniela Souza/Folhapress
    Edgar Scandurra e Nasi, do Ira!, no show de abertura da 10° Edição da Virada Cultural, em São Paulo
    Edgar Scandurra e Nasi, do Ira!, no show de abertura da 10° Edição da Virada Cultural, em São Paulo

    IRA! - horário de início: 18h10
    Local: palco Júlio Prestes

    GISLAINE GUTIERRE
    DE SÃO PAULO

    Duração: 1h30
    Poderia ter durado: mais uma meia hora; o Ira! tem hits de sobra
    Look dos artistas: como bons roqueiros, de roupas escuras
    Estado de alerta do público: empolgado, cantou em coro
    Lição: passa o tempo, muda a banda, mas o Ira! continua com a mesma pegada rock'n'roll
    O pior: as várias paradas para discursos quebraram o ritmo
    O melhor: quando Nasi dedicou "Eu Quero Sempre Mais" aos velhos fãs, aí um quis se mostrar mais fã que o outro, pulando e gritando a letra da música
    Resumo: foi quase um showmício, mas o rock venceu

    *

    CÉLIA E ARTHUR VEROCAI - horário de início: 19h50
    Local: Theatro Municipal

    RONALDO EVANGELISTA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 50 minutos
    Poderia ter durado: nem mais nem menos; a apresentação, dedicada a reviver o disco "Célia" (1972), respeitou a duração do álbum
    Look dos artistas: Célia escolheu um vestido dourado brilhante, enquanto Verocai apareceu de jaqueta casual
    Estado de alerta do público: médio. Começou morno e irritado pelo atraso, mas foi se animando ao longo do show, graças à simpatia de Célia
    Lição: para compensar um atraso de 50 minutos, a cantora soube ganhar a plateia com bom humor e piadas sobre a demora no início do show
    O pior: atraso e som baixo. Em alguns momentos, o público chegou a pedir para aumentar o volume da voz
    O melhor: as composições assinadas por Verocai foram as melhores da apresentação
    Resumo: Cinquenta minutos depois do previsto, Célia entrou no palco do Municipal de mãos dadas com o arranjador e maestro Arthur Verocai. Acompanhada de dez músicos, a cantora cativou o público com um pedido de desculpas bem-humorado em função do atraso. "Bem, nós chegamos aqui às 15h30. O bom é que vocês aprenderam como é uma passagem de som", disse, arrancando risos. Antes da apresentação, durante cerca de 40 minutos, o público ficou ouvindo os músicos afinarem os instrumentos em cena. Ao fim do show, a cantora contou que o palco foi liberado com atraso em função de um ensaio de ópera que ocorria antes no teatro.

    *

    JUÇARA MARÇAL - horário de início: 20h
    Local: palco Barão de Limeira

    GUILHERME GENESTRETI
    DE SÃO PAULO
    ANDRÉ KISNER
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h02min, com Juçara iniciando pontualmente
    Poderia ter durado: 15min a mais, o público estava animado com as músicas
    Look dos artistas: Camisas xadrez e jeans pelos integrantes, com um visual mais alternativo por parte de Juçara
    Estado de alerta do público: Inicialmente parado e perdido, mas se animando ao longo do show
    Lição: Pontualidade e ânimo por parte dos integrantes
    O pior: A guitarra estava com o som mais alto do que o resto, deixando certos momentos de difícil compreensão das letras das músicas
    O melhor: As músicas "E o Quico?" e "Não Tenha Ódio no Verão"
    Resumo: Antes do início do show, muitas pessoas estavam sentadas ao som de reggae. Juçara Marçal entrou pontualmente as 20h e todos se levantaram para ouvi-la. A plateia começou a se animar ao longo de seu show, também com a chegada de mais espectadores. O público era composto de um pessoal mais hipster, usando turbantes, cartolas e óculos retrô, além de pessoas mais velhas. Fãs de Juçara gritavam, aplaudiam e assobiavam ao final de cada música.

    *

    STAND UP - SHOW 1 (Mc Falcão / Rafinha Bastos / Alexandre Porpetone / Maurício Meirelles/ Diogo Portugal / Victor Sarro) - horário de início: 20h
    Local: Praça da Sé

    NELSON DE SÁ
    DE SÃO PAULO

    Duração: Uma hora
    Poderia ter durado: Mais meia hora. O público, que tomou quase toda a praça, queria mais
    Look dos artistas: Jeans e camiseta, alguns com jaqueta. Falcão estava de figurino florido
    Estado de alerta do público: Rindo muito, de quase tudo, e fascinado com as personalidades da televisão
    Lição: Stand up também é para a massa
    O pior: Falcão, idolatrado, mas despreparado, sem texto
    O melhor: Victor Sarro, que entrou se desculpando por ser desconhecido e acabou sendo, de longe, o mais aplaudido, com piadas sobre religião e as manifestações
    Resumo: A cada solo, os comediantes tateavam de início o público, bem mais popular que o usual do gênero, mas acabavam acertando o tom. Muitas piadas e conversas diretamente com os "nóias" da Sé, que se intrometiam com gritos, querendo falar. Um exemplo, de Rafinha Bastos: "Quem fuma crack levanta a mão!". Outro, de Maurício Meireles, para um, que assobiava sem parar: "Você está puto que a galera está na sua casa?"

    *

    ROSANAH - horário de início: 21h
    Local: Arouche

    GUILHERME MAGALHÃES
    JOSÉ MARQUES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h10
    Poderia ter durado: uma hora
    Look da artista: preto e verde, elegante
    Estado de alerta do público: animado, dançando e cantando junto
    Lição: melhor fazer um show sem todos os sucessos que dublar a si mesma
    O pior: a cantora usou playback na música "Lovin' You"
    O melhor: a cantora iniciou e encerrou o show cantando "Como uma Deusa". O público que chegou após o início da apresentação pôde ouvir (e acompanhar, em coro) o maior hit da cantora
    Resumo: Apesar de problemas com a voz e o som (que foi regulado durante o show), Rosanah animou o público com músicas dos anos 80 e versões de sucessos internacionais. Antes de cantar "Custe o que Custar", ela chamou um fã ao palco para acompanhá-la nos vocais. Deixou o show com o público dividido entre os que pediam bis e os que lamentavam o playback de "Lovin' You".

    *

    RIACHÃO - horário de início: 21h
    Local: Estação da Luz

    MARCO ALMEIDA
    DE SÃO PAULO
    RENATA MELLEU
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 50 minutos
    Poderia ter durado: mais uma meia hora
    Look do artista: terno branco; sapato preto e chapéu: o típico malandro
    Estado de alerta do público: Sambou para valer com os autênticos malandros do palco
    O pior: o som falhou várias vezes
    O melhor: a impressionante vitalidade de Riachão
    Resumo: O sambista de 92 anos fez de tudo: dançou, contou piadas; falou de Deus e da vida. Era dono absoluto do palco e da simpatia da plateia. Driblou até os problemas do som (seu microfone ficou mudo por alguns segundos) com seu bom humor. Finalizou com um animado parabéns aos aniversariantes.

    *

    STANLEY JORDAN - horário de início: 21h
    Local: República

    RONALDO EVANGELISTA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: cerca de uma hora
    Poderia ter durado: menos tempo, já que o público estava desanimado
    Look do artista: Jordan usou o básico: camisa branca com calça escura
    Estado de alerta do público: baixo. A plateia pareceu desanimada na maior parte do tempo.
    Lição: a música precisa de menos notas e mais alma para animar o público. Apesar de tecnicamente virtuoso, o guitarrista americano foi frio e não empolgou.
    O pior: a frieza geral da apresentação
    O melhor: Duas citações breves de "Baião" e "Asa Branca", de Luiz Gonzaga, tornaram o show menos óbvio. Outro bom momento foi quando Jordan tocou "Starway to Heaven", clássico do Led Zeppelin.
    Resumo: A praça estava cheia, mas o público foi morno, mesmo com os longos solos virtuosos de guitarra de Jordan. O guitarrista foi feliz em escolher homenagear Luiz Gonzaga. Os trechos de "Baião" e "Asa Branca" cativaram brevemente a plateia.

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    Danilo Verpa/Folhapress
     A cantora Baby do Brasil durante show no palco Júlio Prestes durante a Virada Cultural 2014
    A cantora Baby do Brasil durante show no palco Júlio Prestes durante a Virada Cultural 2014

    BABY DO BRASIL - horário de início: 21h05
    Local: palco Júlio Prestes

    GISLAINE GUTIERRE
    DE SÃO PAULO

    Duração: 1h30
    Poderia ter durado: Pela animação do público, a noite inteira
    Look dos artistas: Baby caprichou no brilho, com calça e blusas pretas cobertas por saia e top furta-cor (de papel, segundo ela)
    Estado de alerta do público: Descontraído e alegre, não parou de dançar
    Lição: Com ou sem Deus, Baby agrada e faz lembrar os velhos tempos
    O pior: Difícil. Show equilibrado, mas o discurso gospel destoou do repertório
    O melhor: A banda, com músicos entrosados, e uma dupla de metais que fez toda a diferença
    Resumo: Baby, cósmica e telúrica, pôs seu rebanho para dançar

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    ANA BOTAFOGO - horário de início: 21h15
    Local: palco Anhangabaú

    ANA ASSUMPÇÃO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    PEDRO DINIZ
    COLUNISTA DA FOLHA

    Duração: quatro minutos
    Poderia ter durado: ao menos 30 minutos
    Look dos artistas: típico de balé clássico, nada muito surpreendente
    Estado de alerta do público: Ansioso pela performance da bailarina; parte dele ainda não havia chegado devido à antecipação da dança, que começou 20 minutos antes do agendado. Os que viram, ficaram desapontados com a duração
    Lição: Chegar pontualmente nem sempre é a melhor opção
    O pior: Vinte minutos de adiantamento impediram quem havia se programado para assistir ao solo
    O melhor: Apesar do tempo curto, Ana Botafogo executou a performance com precisão e sentimento
    Resumo: O solo de dança consistia na parte final da peça em que o cisne, interpretado por Botafogo, cai no chão e é acolhido. A bailarina desenvolveu uma performance em torno do coreógrafo argentino Luis Arrieta, que a cobriu com o paletó que estava usando.

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    EMICIDA, RAEL E RASHID - horário de início: 21h25
    Local: Sesc Pompeia

    DIEGO BORGES
    WALTER PORTO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    GIULIANA DE TOLEDO
    DE SÃO PAULO

    Duração: quase duas horas
    Poderia ter durado: ainda mais, a depender da empolgação da plateia
    Look dos artistas: despojados, como de costume
    Estado de alerta do público: extremamente animado. Quase todos mexiam os braços para o alto acompanhando a música e sabiam cantar todas as letras
    Lição: shows de rap em locais intimistas funcionam também
    O pior: atraso de 25 minutos para o começo do show
    O melhor: a empolgação dos músicos, incentivada pela boa resposta da plateia
    Resumo: em um momento emocionante, Emicida pegou uma criança da plateia e pôs nos ombros para cantar música sobre infância na favela. Convidou para o palco um grupo de dança carioca e o rapper de Gana Blitz the Ambassador (que se apresenta na República às 6h). Houve homenagem a Jair Rodrigues, quando se cantou trecho de "Deixa Isso pra Lá". O show teve sucessos de Emicida, Rael e Rashid intercaladamente e de modo equânime entre eles, assim como composições conjuntas entre os rappers. O lugar estava com ingressos esgotados horas antes do show e, por isso, havia público descontente fora da casa.

    *

    FLORA MATOS - horário de início: 22h
    Local: palco Carlos Nazaré

    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO

    Duração: 40 minutos
    Poderia ter durado: 20 minutos, terminando antes de uma briga começar na plateia
    Look da artista: chapeuzinho dourado, tipo Paquita da Xuxa, e blusinha de oncinha transparente
    Estado de alerta do público: super-animado, cantando e dançando junto com as músicas. Circulavam muitas garrafas de vodca barata.
    Lição: é má ideia fazer um show num beco mal iluminado sem policiamento adequado
    O pior: houve princípio de arrastão e a afinação sofrível da cantora
    O melhor: o fim do show
    Resumo: muitos manos alegres com cigarros de maconha e garrafas de vodca davam o clima. Entoando seu bordão "máximo respeito", Flora Matos levou o público ao delírio, mas ela perde o fôlego e não consegue segurar bem as notas. A adrenalina ficou por conta da briga na plateia mesmo. Um grupo de rapazes começou uma briga e houve tentativa de roubos no meio da plateia. A cantora chegou a interromper o show quando parte do público saiu correndo.

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    BIXIGA 70 - horário de início: 22h15
    Local: palco Barão de Limeira

    ANDRÉ KISNER
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    GUILHERME GENESTRETI
    DE SÃO PAULO

    Duração: 1h10; começou com atraso de 15 minutos
    Poderia ter durado: 30 minutos a mais, o público não parava
    Look dos artistas: Desde camisas floridas havaianas de dois integrantes ao guitarrista usando óculos escuros no meio da noite
    Estado de alerta do público: Animados, pulando e berrando com cada música
    Lição: Ânimo, energia e interação com a plateia
    O pior: O show acabou enchendo de maneira a dificultar a passagem dos pedestres que queriam ir a outros palcos
    O melhor: As músicas animadas e contagiantes
    Resumo: O show começou com leve atraso, mas não desanimou o público. Ao som do teste de bateria, um espectador chegou a dizer "Vamos fazer uma batalha de rap aí". Com um começo já extremamente enérgico, o grupo conseguiu manter todo seu público pulando e dançando pelo resto do show, a ponto de pessoas subirem pelas grades para ver a apresentação. O público atraiu especialmente hipsters e de fãs de reggae.

    *

    TETÊ ESPÍNDOLA CANTA 'TETÊ ESPÍNDOLA E O LÍRIO SELVAGEM' - horário de início: 22h30
    Local: Theatro Municipal

    JULIANA GRANANI
    DE SÃO PAULO
    ANGELO DIAS
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: uma hora
    Poderia ter durado: uma hora foi o suficiente para agradar o público
    Look dos artistas: Os irmãos estavam "combinando". A estampa colorida da saia de Tetê estava no turbante da irmã, Alzira, e nos lenços usados pelos irmãos: no pescoço de Geraldo e na cintura de Celito.
    Estado de alerta do público: Vídeos lisérgicos com cores fortes e cenas do mato, o entrosamento entre os irmãos e a energia de Tetê hipnotizaram o público, que estava atento e ovacionando o quarteto.
    Lição: Um hit é sempre um hit. O ponto alto do show foi quando Tetê fugiu do repertório do álbum de 1978 e cantou "Escrito nas Estrelas", canção que venceu festival nos anos 1980.
    O pior: Problemas de som atrapalharam o começo do show. Com o volume do microfone baixo, nem o agudo potente de Tetê Espíndola foi ouvido no Municipal.
    O melhor: A pedido dos irmãos, o Municipal virou um brejo, com a plateia imitando sem pudor sons de sapos boi, pererecas e grilos.
    Resumo: A interpretação de "Tetê e o Lírio Selvagem", primeiro álbum da carreira de Tetê, de 1978, trouxe de volta a formação original do grupo que fez o disco, o Lírio Selvagem. No palco, os irmãos matogrossenses Tetê, Alzira, Geraldo e Celito cantaram hits psicodélicos como "Santa Branca", "Bem-te-vi" e "Voos Claros", que fazem referência ao Pantanal e seus bichos. Com problemas de som no começo do show, Tetê criticou a organização da Virada Cultural. "Como vocês viram, nós não passamos o som. Vão aumentar agora. É muito especial mesmo a Virada", ironizou.

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    SILVA - horário de início: 22h30
    Local: palco Líbero Badaró

    RONALDO EVANGELISTA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: uma hora
    Poderia ter durado: uma hora. O tempo foi na medida certa para o repertório do cantor e compositor capixaba
    Look dos artistas: todos da banda estavam de preto, sendo banhados, por uma contraluz colorida em contraste
    Estado de alerta do público: bem animado, a maioria jovem e mostrando saber as letras de cor
    Lição: há um grande público jovem pronto para um novo pop
    O pior: a disposição do palco Líbero Badaró, de frente para uma esquina, o que atrapalha o posicionamento da plateia
    O melhor: a resposta muito animada do público
    Resumo: Com sua banda, Silva fez um show com hits do início da carreira, como "A Visita" —para acompanhar esta, tocou violino—, e também faixas do seu disco mais recente, "Vista Pro Mar". O público mostrou conhecer boa parte do repertório, acompanhando em coro. O cantor falou pouco com a plateia e preferiu emendar as músicas umas nas outras, para aproveitar bem o seu tempo em cena.

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    EASY RIDERS BY YONI - horário de início: 22h30
    Local: Pista Princesa Isabel

    GIOVANNI BELLO
    LUIZA FRANCO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    CESAR SOTO
    DE SÃO PAULO

    Duração: uma hora
    Poderia ter durado: tanto faz, a maior parte do público parecia nem notar a mudança de DJs
    Look do artista: camiseta branca, casaco preto de zíper, calça jeans e cabelo estilo moicano
    Estado de alerta do público: mais flertando do que dançando, porém animados
    Lição: se o DJ quiser um público animado, é bom interagir
    O pior: pouca comunicação com o público
    O melhor: a diversidade do público
    Resumo: Faltou carisma à apresentação do israelense Yoni Oshrat, mas mesmo assim a praça estava lotada. O DJ tocou um set da dupla da qual faz parte, Easy Riders. Interagiu pouco com o público, que parecia indiferente a quem estava no palco.

    *

    KÁTIA - horário de início: 22h55
    Local: Arouche

    GUILHERME MAGALHÃES
    JOSÉ MARQUES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h, mais 10 minutos de show interrompido
    Poderia ter durado: uma hora completa, sem a interrupção
    Look da artista: toda de preto: paletó, calça e camisa; óculos escuros
    Estado de alerta do público: resistiu apesar do problema de som
    Lição: bom humor e músicas famosas ajudam a superar adversidades
    O pior: o som foi cortado por dez minutos durante "Lembranças", por problemas no gerador; a cantora deixou o palco e a plateia não tinha certeza se ela voltaria
    O melhor: a última música, o sucesso "Não Está Sendo Fácil"
    Resumo: Boa parte do repertório da cantora é uma seleção de composições de seus "padrinhos" Roberto e Erasmo Carlos. Kátia abriu a apresentação com "O Portão" e, após a interrupção do show, esquentou o público novamente com uma seleção de sucessos da Jovem Guarda. Antes de encerrar com "Não Está Sendo Fácil", cantou a música gospel "Faz um Milagre em Mim", de Regis Danese.

    *

    MONARCO - horário de início: 23h
    Local: palco Luz

    RENATA MELLEU CIONE
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    CESAR SOTO
    DE SÃO PAULO

    Duração: uma hora
    Poderia ter durado: 10 minutos
    Look dos artistas: roupa branca e chapéu panamá —Monarco ainda tinha camisa vermelha por baixo do casaco branco
    Estado de alerta do público: animado
    Lição: Músicas conhecidas animam o público, mesmo que o cantor não ajude
    O pior: Afinação e energia
    O melhor: As músicas de outros autores cantadas foram muito bem escolhidas e animaram o público
    Resumo: Apesar do show vazio e do cansaço do cantor que, na maioria do tempo, deixava que o público cantasse as músicas para ele, foram tocadas músicas bem famosas e animadas, que levantaram o animo e contagiaram os espectadores.

    *

    URIAH HEEP - horário de início: 23h23
    Local: palco São João

    FABIAN CHACUR
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h13
    Poderia ter durado: 1h30, pelo menos
    Look dos artistas: jeans, camisetas cabelos longos e brancos e um jeitão bem anos 70
    Estado de alerta do público: Bem animado, com direito a acompanhar algumas músicas com palmas
    Lição: o hard rock clássico dos anos 70 continua com público fiel no Brasil
    O melhor: o entrosamento da banda e o pique do guitarrista Mick Box
    O pior: a ausência do baixista Trevor Bolder, morto em 2013
    Resumo: Os tiozinhos entregaram um show de hard tradicional com tempero progressivo dos mais competentes. Tocando hits como "Gipsy" e "Easy Livin'", cativaram os fãs com muita tranquilidade e jogo de cintura.
    Troféu nas alturas: Para quem subiu em árvores e contêineres durante o show para ver melhor os seus ídolos
    Troféu eu bebo sim: Para a variadíssima oferta de bebidas pelos ambulantes, desde a trivial cerveja até batidas de estranha cor azul tipo "Deus me chama".

    *

    MR. SUIT LIVE - horário de início: 23h30
    Local: pista Princesa Isabel

    GIOVANNI BELLO
    LUIZA FRANCO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    CESAR SOTO
    DE SÃO PAULO

    Duração: uma hora
    Poderia ter durado: mais, certamente
    Look do artista: terno preto, camisa branca, gravata "slim"
    Estado de alerta do público: fritando
    Lição: um toque melódico parece uma boa pedida para a Virada eletrônica
    O pior: o clima de preocupação que baixou na plateia após um arrastão
    O melhor: a empolgação do DJ
    Resumo: Após apresentação morna do Ace Ventura, a chegada do também israelense Mr. Suit foi uma injeção de ânimo na plateia. Começou bem com seu trance progressivo, fazendo o público vibrar.
    Com poucos minutos de apresentação, o DJ tirou o terno e ficou à vontade.
    Não conseguiu manter o mesmo ritmo durante todo o show, mas teve momentos de boa interação com o público.

    *

    SESSÃO EM HOMENAGEM AOS 50 ANOS DO CLÁSSICO 'À MEIA NOITE LEVAREI SUA ALMA' - horário de início: 23h40
    Local: Cinesesc

    DIEGO BORGES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    CESAR SOTO
    DE SÃO PAULO

    Duração: Quase 2 horas
    Poderia ter durado: dentro do previsto
    Look dos artistas: vestidos de zumbis e vampiros, na apresentação inicial
    Estado de alerta do público: alegres, em torno de 200 pessoas riram com as cenas do filme
    O melhor: entrada do Zé do Caixão logo depois da performance
    Resumo: Pouco antes da meia-noite desse sábado, seis zumbis e vampiros invadiram a sala do CineSesc para "assustar" e interagir com um público de aproximadamente 200 pessoas, que aguardava a homenagem aos 50 anos do filme "À Meia Noite Levarei sua Alma", protagonizado e dirigido por José Mojica Marins, o Zé do Caixão, em 1964. Entre os artistas, estava Lins Marins, filha do homenageado. Após a performance, os espectadores foram surpreendidos com a chegada do Zé do Caixão, que fez uma interação por cerca de cinco minutos e se disse um visionário, completando que o filme parecia que havia sido feito na semana passada. Antes da exibição do filme, o curta-metragem "Aparências", de Lins Marins, foi exibido. Logo em seguida, o público pôde dar boas risadas com as cenas e efeitos especiais do filme que retrata o coveiro Zé do Caixão, temido pelos moradores de uma pequena cidade do interior, obcecado em conseguir gerar um filho, para que possa dar continuidade ao seu sangue.

    *

    VANESSA DA MATA - horário de início: 0h
    Local: Praça Julio Prestes

    GISLAINE GUTIERRE
    DE SÃO PAULO

    Duração: 1h10
    Poderia ter durado: o que durou mesmo. Deu tempo para apresentar seu principais sucessos
    Look: Dourado foi a cor escolhida pela cantora, que usou o tom na calça e na blusa justas, sobrepostas por outras duas peças transparentes: uma blusa e uma saia de tule
    Estado de alerta do público: Animado nos hits, mas tranquilo ao longo do show.
    Lição: Take it easy and enjoy Vanessa's show
    O pior: em alguns pontos da pista, os tons graves soavam um pouco distorcidos, mas, no geral, o som foi satisfatório
    O melhor: A cantora surpreendeu ao cantar à capela, no encerramento, "Por Enquanto", da Legião Urbana
    Resumo: Depois do "showmício" do Ira! e das bênçãos de Baby do Brasil ao seu rebanho, foi a vez de Vanessa embalar um público mais jovem com hits radiofônicos. Foi a vez dos beijos demorados da plateia, de dançar coladinho e de fazer selfies com os amigos. O clima foi de tranquilidade, só sacudida por hits como "Não me Deixe Só", "Amado" e "Ainda Bem". Em "Eu Sou Neguinha", todo mundo sacolejava. Sacolejo mesmo foi no bis, com "Ai Ai Ai". Todo mundo cantando junto e por vezes só havia mesmo a voz da plateia. Final mais que simpático ela chamar todo mundo ao palco, dos técnicos às faxineiras. Nem todos foram ao palco, mas foi bonito. Ela agradeceu várias vezes à cidade de São Paulo. Disse que tem gratidão por ter começado a carreira "nesta terra do trabalho".

    *

    GUILHERME ARANTES - horário de início: 0h
    Local: palco Líbero Badaró

    ANGELA BOLDRINI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO

    Duração: uma hora e meia
    Poderia ter durado: meia hora a menos, a sensação era a de que uma música emendava na outra e a coisa não acabaria nunca
    Look dos artistas: Camiseta cinza, jeans e um cordão dourado no pescoço. Suas backing vocals foram de vestidinho de cetim azul
    Estado de alerta do público: Bem atento, com bracinhos tímidos para o alto e muitos celulares e tablets gravando tudo
    Lição: Músicas de trilha sonora de novela despertam nostalgia catártica
    O pior: É cafona
    O melhor: O povo adora
    Resumo: Casaizinhos de meia idade cantando baixinho e assistindo de mãos dadas. Na hora do hit "Meu Mundo e Nada Mais", rolou balançar os braços para um lado e para o outro

    *

    ZÉ CELSO EM CONCERTO - horário de início: 0h
    Local: Teatro Oficina

    NELSON DE SÁ
    DE SÃO PAULO

    Duração: Uma hora e meia
    Poderia ter durado: Uma hora, mas o público de cerca de cem pessoas insistiu em mais músicas
    Look dos artistas: Calça escura e suéter vermelho.
    Estado de alerta do público: Embalado, às vezes cantando como num sarau.
    Lição: Ainda há facetas de Zé Celso para conhecer.
    O pior: Quando o público pediu bis, seguidamente, Zé Celso tentou, mas não conseguiu completar várias canções.
    O melhor: As interpretações singulares de Zé Celso, na voz e no piano, para clássicos da música popular.
    Resumo: O diretor cantou e tocou temas de suas peças, como "Bacantes" e "As Boas", muitas delas acompanhadas pelo público, mas sobretudo canções de sua memória da música popular que conheceu na juventude, via rádio Nacional e outras. Como num cabaré, interpretou de forma emocionante músicas como "Nem Eu", de Dorival Caymmi, e até "Três Apitos", de Noel Rosa.

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    LEO BASSI - horário: 0h
    Local Praça Roosevelt

    ANDRÉ KISNER
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    GUILHERME GENESTRETI
    DE SÃO PAULO

    Duração: Uma hora
    Poderia ter durado: O quanto durou. O bufão europeu conseguiu manter mais ou menos a mesma quantidade de público de quando começou
    Look do artista: Terno e gravata. E um par de óculos.
    Estado de alerta do público: Ficou mais atento no fim do espetáculo
    Lição: Não precisa estar maquiado para ser palhaço
    O melhor: Quando um voluntário da plateia foi enganado pelo artista e acabou levando uma torta na cara
    O pior: Algumas das piadinhas com fundo político, como a que citou a Fifa, não empolgaram
    Resumo: Falando um portunhol carregado, o palhaço Leo Bassi (radicado na Espanha) conseguiu prender a atenção do considerável público que se aglomerava na Roosevelt. O artista de 72 anos brincou de hipnotizar dois voluntários que chamou ao palco e reservou o clímax para o fim. Ao som de "I Will Survive", fez um número de strip-tease, ficando apenas de cueca. Barrigão de fora, entornou uma garrafa de mel, que ele usou para lambuzar o corpo todo, e desandou a filosofar. "Sou o palhaço mais doce", disse antes que uma assistente jogasse nele algumas dezenas de penas, que grudaram no corpo empapuçado do artista. "Na Virada, o filósofo é um palhaço", disse concluindo o espetáculo.

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    EDNARDO CANTANDO 'O ROMANCE DO PAVÃO MYSTERIOZO' (1974) - horário de início: 0h30
    Local: Theatro Municipal

    RONALDO EVANGELISTA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 55 minutos
    Poderia ter durado: o público teria gostado de mais dez minutos
    Look do artista: Ednardo, de cabelos longos, usou calça e boina pretas com camisa e sapatos vermelhos
    Estado de alerta do público: alto. Empolgado, cantou junto e acompanhou tudo com palmas e gritos
    Lição: poesia hippie cearense setentista cai bem ainda hoje
    O pior: o som, que, apesar do atraso para passagem de som, demorou a ficar bom
    O melhor: a faixa-título,"Pavão Mysteriozo", tocada com energia e cantada em coro pela plateia. Foi aplaudida de pé.
    Resumo: O show começou com meia hora de atraso, mas Ednardo compensou a espera e manteve o público do Municipal aceso relembrando as faixas do seu álbum lançado em 1974.

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    JOHN 00 FLEMMING - horário de início: 0h30
    Local: pista Princesa Isabel

    GIOVANNI BELLO
    LUIZA FRANCO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    CESAR SOTO
    DE SÃO PAULO

    Duração: uma hora
    Poderia ter durado: o que durou
    Look do artista: careca, barba por fazer, camiseta e calça jeans
    Estado de alerta do público: disposto a ouvir o veterano
    Lição: mantenha o celular no bolso
    O pior: o preço da caipirinha (R$ 10)
    O melhor: o preço da cachaça com mel (R$ 2)
    Resumo: O veterano da dance music underground
    John 00 Flemming estava entre os DJs mais reconhecidos pelo público da Pista Princesa Isabel, com seus quase 30 anos de carreira. O inglês era um dos mais experientes do line-up da noite, mas mesmo assim assistiu empolgado aos que tocaram antes dele. Pegando a sequência da apresentação de Mr. Suit, o público reagiu bem e manteve o animo.

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    VANUSA - horário de início: 1h
    Local: palco Arouche

    GUILHERME MAGALHÃES
    JOSÉ MARQUES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 45 minutos
    Poderia ter durado: meia hora
    Look da artista: toda de preto
    Estado de alerta do público: não estava desanimado
    Lição: Autoironia para calar engraçadinhos que lembravam da gafe cometida pela cantora ao errar a letra do Hino Nacional. Vanusa disse: "Não posso mais errar porque amanhã serei julgada no YouTube".
    O pior: Abriu o show cantando "Um Novo Tempo", de Ivan Lins, sem tirar os olhos da letra
    O melhor: Cover de "Paralelas", de Belchior
    Resumo: Foi um show baseado em covers. Cantou alguns sucessos da Jovem Guarda, como "Devolva-me", além de "Como vai você", "Felicidade", "Súplica Cearense". Terminou com "Yesterday", dos Beatles

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    MART'NÁLIA - horário de início: 1h21
    Local: Praça da Luz

    MARCO RODRIGO ALMEIDA
    DE SÃO PAULO
    RENATA MELLEU
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h15
    Poderia ter durado: pelo menos mais 30 minutos
    Look da artista: Descolado; uma versão feminina do malandro
    Estado de alerta do público: Bem desperto
    Lição: Boa cantora e boas canções compensam até os problemas de som
    O pior: som baixo no começo
    O melhor: repertório de clássicos
    Resumo: O melhor show da noite na Luz. A praça ficou lotada. Mart'nália apresentou uma sucessão de clássicos: "Quem te Viu Quem Quem te Vê", "Madalena", "Sem Compromisso", "Chiclete com Banana". Agitou a noite até então tranquila e recebeu vários aplausos.

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    MARK FARNER - horário de início: 1h40
    Local: palco São João

    FABIAN CHACUR
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h06
    Poderia ter durado: 1h30 e ainda sobrariam sucessos
    Look dos artistas: Os velhos e bons jeans e camisetas
    Estado de alerta do público: Bem atento, embora em menor número do que o show do Uriah Heep
    Lição: Mark Farner representa bem a herança do Grand Funk Railroad
    O melhor: Mark Farner continua em ótima forma como cantor e guitarrista
    O pior: Rigorosamente, nada
    Trofeu camiseta 'da hora': Muitos fãs usando camisetas com estampas do Grand Funk Railroad
    Resumo: Legítimo herdeiro do legado do Grand Funk Railroad, Mark Farner interpretou com ótima voz e guitarra certeira os grandes hits da banda dos anos 70, com direito a muito pique e simpatia

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    MARCELO JENECI - horário de início: 2h
    Local: palco Líbero Badaró

    ANGELA BOLDRINI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    CESAR SOTO
    DE SÃO PAULO

    Duração: 1h25
    Poderia ter durado: Para a multidão, bem mais
    Look dos artistas: Jeneci com look entre o hipster e o hippie e sua parceira de vocais com um pretinho básico
    Estado de alerta do público: (dormindo ou acordado, animado ou não etc.) Animado
    Lição: Mesmo o asfalto mais inóspito vira um piquenique
    O pior: O atraso de 40 minutos
    O melhor: dedicou uma musica aos monges
    Resumo: Show bem longo, com numero recorde de casais (gays) até o momento. Palco bem tranquilo, não houve arrastões. Público bastante animado, apesar do horário e do atraso

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    RASTAPÉ - horário: 2h
    Local: Mercado Municipal

    GIOVANA BRESSANI
    FERNANDO MOLA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    CESAR SOTO
    DE SÃO PAULO

    Duração: Aproximadamente 2h
    Poderia ter durado: Até o dia amanhecer, o público estava envolvido
    Look dos artistas: Forrozeiro clássico
    Estado do público: Dançando sem parar
    Lição: Vale a pena caminhar até o Mercado Municipal
    O pior: Falta de sinalização
    O melhor: O clima
    Resumo: Muitas pessoas no clima da banda e os músicos conseguiram manter a animação com uma performance que vai do forró ao baião, evocando as raízes nordestinas. O problema é que não há nenhuma estação de metrô que valha a pena e seja segura para chegar no evento. Show de tirar o fôlego!

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    BOMBA ESTÉREO - horário de início: 2h05
    Local: Barão de Limeira

    PEDRO DINIZ
    COLUNISTA DA FOLHA
    IONE DIAS DE AGUIAR
    COLABORAÇÃO PARA FOLHA
    ANAH ASSUMPÇÃO
    COLABORAÇÃO PARA FOLHA

    Duração: Uma hora
    Poderia ter durado: Mais 15 minutos, pelo menos
    Look dos artistas: Mistura de brit pop com tropical. A banda estava cuidadosamente desleixada, trajando camisas lisas com alguns grafismos. A vocalista, Li Saumet, é uma mistura de Florence Welch (vocalista da banda Florence and The Machine) com Marina Vello (ex-Bonde do Rolê). Ela vestia calça de lurex, capa de plumas, chapéu florido e um laço rosa enorme amarrado no pescoço.
    Estado de alerta do público: "Baila, baila comigo". Euforia e mãozinhas para o alto.
    Lição: A comunidade colombiana em SP é maior do que se supõe.
    O pior: Seguranças truculentos continham os fãs mais afoitos.
    O melhor: O carisma de Li Saumet e a sinergia da banda.
    Resumo: Com apenas cinco minutos de atraso, a banda colombiana entrou colocando o público para dançar com uma mistura de baile hip hop, eletrônico e elementos de música latina - uma espécie de liquidificador "eletrotropical". Na primeira metade do show, a música "Bailar Conmigo" causou comoção. A estudante colombiana Effy Gê Agá, 19, por exemplo, veio de Foz do Iguaçu (PR) só para ver de perto Li Saumet, que, ao que parece, é musa de jovens descolados da Colômbia. Quatro bandeiras do país latino balançavam no meio da plateia e um grupo de paulistanos assistia ao show colado na grade cantando todas as músicas. O hit "Fuego", do disco de estreia do grupo, "Blow Up" (2009), fechou a apresentação com direito a coro das mais de mil pessoas presentes.

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    HOMENAGEM A JAIR RODRIGUES - horário de início: 3h15
    LOCAL palco Júlio Prestes

    MARCO RODRIGO ALMEIDA
    DE SÃO PAULO

    Duração: uma hora
    Poderia ter durado: o dobro, a plateia estava super animada
    Look dos artistas: Jair Oliveira de terno vermelho, em homenagem ao pai. Luciana Mello de blusa branca e saião preto
    Estado do público: muito empolgado, cantava todos e fazia declarações de amor a Jair Rodrigues
    Lição filhinho de peixe peixinho é
    O Melhor Jair Oliveira, Luciana e Rappin Hood e Wilson Simoninha cantando "Deixa Isso prá Lá"
    Resumo O tributo de Jair Oliveira e Luciana Mello ao pai, o cantor Jair Rodrigues, morto no começo deste mês, foi outro ponto alto da programação do palco Júlio Prestes. Os dois músicos se apresentaram com a mesma ótima banda que acompanhava Jair Rodrigues, formada por Paulinho Dafilin (viola e violão), Marcelo Maita (teclado), Daniel de Paula (bateria), Eric Budney (contrabaixo) e Márcio Forte (percussão). "Nosso pai está aqui presente, na alegria e no corações de vocês", disse Jair Oliveira ao público. Ele e a irmã interpretaram clássicos do repertório do pai, como "Disparada", "Tristeza" e "Rancho Fundo". O grande momento do show ocorreu quando Jair Oliveira e Luciana receberam no palco Wilson Simoninha e Rappin Hood para cantar "Deixa Isso prá Lá", grande sucesso de Jair Rodrigues. A emoção dos quatro reverberou por todo o público, que foi ao delírio. No encerramento, ajudado por Luciana e Hood, Jair Oliveira repetiu um gesto símbolo de seu pai: plantou uma bananeira no palco.

    *

    CIDADÃO INSTIGADO INTERPRETA 'THE DARK SIDE OF THE MOON', DO PINK FLOYD - horário de início: 3h52
    Local: palco Rio Branco

    FABIAN CHACUR
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h07
    Poderia ter durado: Nem mais, nem menos. Exato
    Look dos artistas: Camisa xadrez
    Estado de alerta do público: Contemplativo e receptivo, como a música que ouviam
    Lição: Um grupo brasileiro pode ter seu dia de Pink Floyd
    O melhor: o perfeccionismo do grupo
    O pior: Cidadão atrasado, bem atrasado! Carros da prefeitura e da polícia passando no meio da plateia durante o show, algo bizarro
    Troféu êêê fumacê: Auto-explicativo
    Resumo: O grupo cearense foi aprovado no difícil desafio de tocar ao vivo o mais famoso álbum do Pink Floyd, com muito capricho nos detalhes. Deu para viajar. Valeu a espera.

    *

    "ANTÍGONA", DO NÚCLEO BARTOLOMEU DE DEPOIMENTOS - horário de início: 4h
    Local: palco Pátio do Colégio

    ANGELA BOLDRINI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO

    Duração: uma hora
    Poderia ter durado: meia hora a menos
    Look dos artistas: Espécie de macacão estilo cangaceiro com franjas tipo índio norte-americano. Também tinham a testa pintada de vermelho
    Estado de alerta do público: Quase dormindo ou já em coma profundo
    Lição: Nenhum espetáculo nesse horário ingrato e no frio segura a atenção de uma plateia
    O pior: Excesso de referências nessa releitura do clássico grego afogou significado da trama
    O melhor: O fim
    Resumo: Tragédia grega com roupagem contemporânea que se perde entre metáforas com pássaros, rap, break dance e um discurso confuso, que ia da defesa dos índios à violência na periferia.

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    THE ROSSI - horário de início: 5h
    Local: palco Arouche

    FABIAN CHACUR
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 55 minutos
    Poderia ter durado: um baile todo
    Look dos artistas: brega chique/chique brega
    Estado de alerta do público: dançando o tempo todo
    Lição: morre o Rei, ficam a sua obra...e os súditos!
    O melhor: o instrumental do grupo, digno de baile descontraído e contagiante
    O pior: obviamente, a falta de Mister Rossi
    Resumo: Após a morte de Reginaldo Rossi em 2013, o sexteto que o acompanhou durante muitos anos se manteve unido e tocando Brasil afora, com o nome The Rossi. E a fórmula está dando certo, como a performance deles (sua estreia em São Paulo com a nova proposta) provou, com releituras dos clássicos do mestre do brega. Pode continuar chamando o garçom!

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    FELIPE CATTO - horário de início: 6h20
    Local: palco Líbero Badaró

    FERNANDA REIS
    DE SÃO PAULO
    ALAN SANTIAGO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h10
    Poderia ter durado: Foi o tempo justo
    Look dos artistas: Camisa estampada e calça jeans, como bom descolado
    Estado de alerta do público: Fazer coro em várias músicas às 6h da matina é uma vitória
    Lição: Catto consegue levar ao show o sofrimento brega-cult de seus discos
    Pior: O palco numa ladeira dificultou a vida do público
    Melhor: Os covers de Chico Buarque (Flor da idade) e Reginaldo Rossi (Garçom)
    Resumo: Pela primeira vez na Virada, Catto apresentou 15 músicas entre covers e autorais. No repertório, Ascendente em câncer, Depois de amanhã (música nova) e Ave de prata. No fim, ainda cantou acapela quando os músicos já haviam se retirado. E, sim, teve Adoração —duas vezes. A plateia estava cheia de fãs, que chegaram a erguer cartazes para o cantor.

    *

    LAFAYETTE + AUTORAMAS + BNEGÃO - horário de início: 6h50
    Local: palco Arouche

    PEDRO DINIZ
    COLUNISTA DA FOLHA
    IONE DIAS DE AGUIAR
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h10
    Poderia ter durado: 30 minutos a menos
    Look dos artistas: todos de preto menos a baixista flavia couri, de tubinho laranja e preto com meia arrastão
    Estado de alerta do público: sobreviventes da noite anterior
    Lição: União do rap, do rock e da jovem guarda é uma boa dica para as próximas edições
    O pior: quase ninguém viu o show
    O melhor: Lafayette em sua melhor forma
    Resumo: O Arouche amanheceu ao som de uma improvável fusão de hip hop com rockabilly e jovem guarda. Os cariocas do Autoramas dividiram o palco com o rapper Bnegão e o pianista Lafayette, que gravou com Erasmo Carlos e a turma do iê iê iê. A mistura deu liga. A apresentação começou a esquentar com um mashup de "Wild Thing", popularizada por Jimi Hendrix, com "Até a Última Ponta", do Planet Hemp. "Kiss", do Prince, virou um rock descomplicado e cheio de malandragem. Infelizmente, devido à péssima mixagem, mal se ouvia o órgão Hammond do "maior músico brasileiro de todos os tempos", nas palavras Gabriel Thomaz, vocalista do Autoramas. O "café da manhã musical" terminou em clima alegre, com Bnegão tocando guitarra e cantando

    *

    GUIZADO TOCA O ÁLBUM "ON THE CORNER", DE MILES DAVIS - horário de início: 9h
    Local: palco Rio Branco

    WALTER PORTO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    CESAR SOTO
    DE SÃO PAULO

    Duração: 40 min
    Poderia ter durado: foi o tempo certo, é a duração do álbum
    Look dos artistas: camiseta branca, calça jeans, casaco na cintura
    Estado de alerta do público: começou dormindo mas acordou
    Lição: tocar bom jazz num domingo frio cedo atrai gente para a Virada
    O pior: o horário (quem virou está morto, quem foi dormir não chegou)
    O melhor: boa interpretação do álbum pelo artista
    Resumo: Guizado pegou um dos álbuns mais clássicos do jazz e o dominou completamente com seu trompete. Adicionou, com sua banda, toques de reggae e eletrônico, tornando-o mais dançante. O público era escasso (não passou de cem pessoas) e no início estava bem morto. Muita gente deitada na rua. No fim do show, havia muito mais gente que no início, e a grande maioria estava de pé, próxima ao palco. Houve contato com a plateia só no fim do concerto (que foi de álbum totalmente instrumental). Guizado chegou e tocou sem dizer nada e ao fim agradeceu entusiasticamente

    Ione Dias De Aguiar/Folhapress
    Público da Virada Cultural assiste ao show do rapper MV Bill, no palco República
    Público da Virada Cultural assiste ao show do rapper MV Bill, no palco República

    *

    DEXTER E MV BILL - horário de início: 8h50
    Local: palco República

    IONE DIAS DE AGUIAR
    ANAH ASSUMPÇÃO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h50
    Poderia ter durado: o tempo que durou
    Look dos artistas: "Bombetas" e "jacos" pretos, correntes de ouro e óculos escuros marcavam o visual dos homens. A rapper Kmila CDD usou um vestido drapeado preto, bem justinho.
    Estado de alerta do público: empolgado
    Lição: mesmo com estética agressiva, rap de protesto também pode pregar a paz
    O pior: resistir ao atraso de mais de uma hora no frio da manhã de domingo
    O melhor: o clima de harmonia
    Resumo: O rap político chegou ao palco da República no começo da manhã de domingo. MV Bill e Dexter, rimaram para um público majoritariamente masculino, que aguentou quase uma hora de atraso sem desanimar. Um paredão de celulares registrava a primeira música, "Soldado do Morro", de MV Bill. No meio do show, Dexter discursou sobre respeito e paz e pediu aos seguranças que liberassem a entrada dos fãs no "cercadinho VIP" que separava o palco da pista. Mesmo sem esquema de segurança, nenhum fã invadiu o palco até o término do show. Apesar do clima de harmonia, a reportagem viu um adolescente aparentando ter 15 anos vendendo lança-perfume e maconha para pessoas no espaço reservado. O rapper também desceu do palco para cumprimentar fãs e homenageou Sabotage, símbolo e Jair Rodrigues, morto em 8 de maio.

    *

    ÁFRICA EM NÓ(S), DA CIA. ABAYOMI - horário de início 9h30
    Local: Anhangabaú

    FERNANDA REIS
    DE SÃO PAULO
    ALAN SANTIAGO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 45 minutos
    Poderia ter durado: uma hora, o público queria mais
    Look: baseado em roupas africanas, bem coloridas e estampadas
    Estado de alerta do público: animadíssimo, batendo palmas
    O pior: faltou sincronia entre os dançarinos em alguns momentos
    O melhor: a interação com o público
    Resumo: interpretando danças africanas, a Cia. Abayomi, com o bailarino Djanko Camara, apresentou uma coreografia cheia de ritmo. O espetáculo alegre, que incluía o público, que batia palmas para acompanhar os tambores

    *

    LUCAS SANTTANA INTERPRETA GITA - RAUL SEIXAS - horário de início: 11h
    Local: palco Rio Branco

    ANDRÉ KISNER
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h
    Poderia ter durado: 30 minutos a mais
    Look dos artistas: Dos óculos escuros às camisas com estampas extravagantes
    Estado de alerta do público: Dançando bastante, cantando todas as músicas
    Lição: Raul Seixas sempre cativa as pessoas, não importa quem cante
    O pior: Tumulto por causa de pessoas exaltadas com as músicas
    O melhor: os clássicos de Raul
    Prêmio Levanta Defunto: Ao som de "Como Vovó Já Dizia" e "Mosca na Sopa", até quem dormia no chão levantou para dançar
    Resumo: Começando pontualmente, Lucas Santtana tocou clássicos de Raul Seixas, não sendo só uma interpretação do álbum "Gita". Músicas como "Metamorfose Ambulante" e "Profecias" fizeram parte do repertório. Lucas brincava com a plateia, dizendo "Não tô vendo ninguém acender cigarro. Tão com vergonha porque é de dia?", além de pedir sempre ao público, claramente mais velhos e saudosistas de Raul, para cantar junto.

    *

    ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO - horário de início: 11h
    Local: Praça das Artes

    FERNANDA REIS
    DE SÃO PAULO
    ALAN SANTIAGO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 1h30
    Podia ter durado: foi o tempo certo, a orquestra é muito boa
    Repertório: Mozart (abertura da ópera "A Flauta Mágica" e "Concerto para flauta e harpa") e Beethoven ("Quarta Sinfonia")
    Estado de alerta do público: muito concentrado
    Lição: o erudito não é intransponível para o público leigo
    Pior: uma única apresentação na Praça das Artes durante a virada
    Melhor: antes de cada peça eram dadas explicações sobre o que seria tocado com demonstrações da orquestra
    Resumo: a orquestra tocou uma música além das que estavam no programa. Em "Concerto para Flauta e Harpa" houve participação de Marcos Kiehl, na flauta, e Soledad Yaya, na harpa.

    *

    TRIBO DE JAH - horário de início: 12h
    Local: palco Barão de Limeira

    ANDRÉ KISNER
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    GUILHERME GENESTRETI
    DE SÃO PAULO

    Duração: 1h10
    Poderia ter durado: dez minutos mais
    Look dos artistas: Roupas despojadas, nos onipresentes vermelho, amarelo e verde jamaicanos
    Estado de alerta do público: Dançando sem sair do lugar; a rua estava cheíssima
    Lição: Abençoado seja Jah!
    O pior: O som. Os graves estavam muito altos, mal deixando ouvir o que se cantava. O volume também não estava tão alto quanto no começo dos shows desse palco
    O melhor: A participação surpresa do cantor jamaicano Cedric Myton, que topou várias selfies com a galera
    Resumo: O grupo maranhense de reggae subiu ao palco no horário e se estendeu até dez minutos a mais do que o planejado. Para os fãs não faltaram clássicos do gênero como "Escravos da Babilônia" e pérolas de Bob Marley como "Waiting in Vain". No finzinho subiu ao palco o músico jamaicano Cedric Myton (ex-The Congos, ex-The Tartans), que despertou gritos da galera. "Foi uma atração surpresa", disse o vocalista do grupo, Fauzi Beydoun. "É uma bênção de Jah tocar com ele aqui."

    *

    FALCÃO - horário de início: 11h30
    Local: palco Arouche

    WALTER PORTO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    CESAR SOTO
    DE SÃO PAULO

    Duração: 1h10
    Poderia ter durado: Bem mais, pelo fôlego do público
    Look dos artistas: Girassol na lapela, paletó xadrez, camisa estampada, sapato vermelho
    Estado de alerta do público: Muito animado
    Lição: Falcão ainda faz sucesso e atravessa gerações
    O pior: O calor. O sol estava a pino.
    O melhor: A seleção de músicas e as piadas entre elas.
    Resumo: Falcão fez um show com seus sucessos mais reconhecíveis e adições curiosas. Começou pontualmente às 11h30 e de cara apresentou "Eu Não Sou Cachorro Não". Terminou com "Homem é Homem". Após o bis, tocou Raul Seixas e uma versão própria de "Another Brick in the Wall", com letra de "Atirei o Pau no Gato". Intercalou as músicas com interações divertidas com o público, como lhe é característico. Fez quase um show de stand up. Ao pegar um copo d'água para beber, disse "do jeito que as coisas estão aqui em São Paulo, vou tomar essa água rápido antes que venha o Geraldo Alckmin e tome". E completou: "Quem quiser pode ir lá no Ceará que temos um monte de água para compartilhar com vocês. Engraçado como a situação se inverteu". Pediu coro depois par mandar políticos de Brasília a lugares obscenos. O show tinha jovens empolgados que sabiam muitas letras, mas tinha faixa etária maior que a média da Virada. Cerca de mil pessoas estavam presentes, mesmo com o sol forte.

    *

    *ROMULO FRÓES INTERPRETA O DISCO "TRANSA", DE CAETANO VELOSO - horário inicial: 13h*
    Local: Palco Rio Branco

    DIEGO BORGES
    WALTER PORTO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    CESAR SOTO
    DE SÃO PAULO

    Duração: cerca de 50 minutos, a duração do álbum
    Look dos artistas: camisa simples, sem estampas, e calça
    Estado de alerta do público: começou meio morto e foi animando
    Lição: "Transa" é um album popular que permite mil releituras e sempre agrega público
    O pior: começo morno do show
    O melhor: é um álbum de excelente qualidade interpretado por artista competente que se encontrou eventualmente
    Resumo: Fróes ofereceu um começo de show morno em sua releitura do disco de Caetano, mas conseguiu esquentar a performance e, com ela, o público, que ao final do show canta jantava junto

    *

    BREA NA GAROA COM MANUEL CORDEIRO, DONA ONETE E FAFÁ DE BELÉM - horário de início: 14h
    Local: palco Arouche

    ANDRÉ KISNER
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    GUILHERME GENESTRETI
    DE SÃO PAULO

    Duração: 1h40
    Poderia ter durado: O que durou. Deu pra ouvir carimbó, lambada, guitarrada do Pará, além de repertório considerável dos convidados
    Look dos artistas: Camisas largonas (pros homens), shortinho curto e colorido (na cantora Luê), vestido e lenço (Dona Onete e Fafá de Belém)
    Estado de alerta do público: Dançando muito, colado na lambada, deixando correr livre a brea (o suor que gruda)
    Lição: "Quem não tiver um moreno, que mande o cara ao lado passar bronzeador e tomar um sol", recomenda Dona Onete
    O pior: O atraso de uma hora para ajustar o som
    O melhor: As convidadas especiais —Dona Onete e Fafá de Belém— bastante animadas.
    Resumo: Por mais de uma hora, o Arouche foi uma espécie de consulado do Pará no centro de São Paulo. Capitaneado por Felipe Cordeiro e Luê, o Brea trouxe uma boa dose de ritmos paraenses para a Virada. Nem o sol espantou o público que se aglomerou na grade. Dona Onete, a dama do carimbó, cantou quatro canções. Para encerrar, Fafá de Belém, com sua gargalhada inconfundível, terminou com "Esse Rio É Minha Casa"

    *

    POR UM FIO - GRUPO EXPERIMENTAL MIMULUS - horário de início 13h30
    Local: Anhangabaú, palco Dança

    GISLAINE GUTIERRE
    DE SÃO PAULO

    Look dos artistas: muitas cores e peças casuais
    Público: atento
    Lição: levar sombrinha e óculos escuros nas atrações diurnas
    O pior: falta de estrutura para proteger do sol
    O melhor: variação de ritmos e bom domínio corporal
    Resumo: o grupo mineiro fez uma apresentação equilibrada com bons remixes, como o de "Saudosa Maloca de Adoniran Barbosa".

    *

    LUIZ MELODIA - horário de início 15h15
    Local: Palco Júlio Prestes

    MARCO RODRIGO ALMEIDA
    DE SÃO PAULO

    Duração: 1h15
    Poderia ter durado: Foi o suficiente para animar o público
    Look: Vários ao longo do show. Camisa estampada; camiseta cinza e sem camisa
    Estado do público: Muito empolgado; cantou e dançou todas
    Lição: Tirar a camisa é garantia de aplausos
    O pior: O tempo. Sol forte no começo e chuva no final afastaram plateia
    O melhor: O solo da excelente banda
    Resumo: Luiz Melodia soltou seu vozeirão acompanhado por uma banda que brilhou em vários momentos. Foram muito aplaudidos; especial mente ao tocarem Pérola Negra e Negro Gato. Esta última Melodia cantou sem camisa; para delírio do público.
    Três vivas e uma bênção: Melodia deu vivas a São Paulo; ao evento e a Jair Rodrigues. E abençoou os craqueiros da cidade. Pediu que todos dedicassem mais compaixão a eles.
    Fugidinha: No meio do show Melodia disse que precisava ir ao camarim. Disse que precisava fazer uma coisa que ninguém sabe fazer melhor que ele. Enquanto isso a banda continuou tocando. Melodia voltou dez minutos depois; com outra camisa.

    *

    VALESCA POPOZUDA - horário: 16h
    Local: Largo do Arouche

    GIULIANA VALLONE
    DE SÃO PAULO
    ANGELA BOLDRINI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: 30 minutos
    Poderia ter durado: Pela animação do público, para sempre
    Look dos artistas: Short preto com a bandeira LGBT e top preto
    Estado de alerta do público: Encharcado e animadíssimo
    Lição: Beijinho no ombro pro granizo
    O pior: O granizo
    O melhor: O clima de micareta
    Resumo: "Funking in the rain". Mesmo com a chuva forte, o público transformou o Arouche em um baile funk. Homens sem camisa fazendo o famoso "Quadradinho de Oito" e famílias dançando juntas.

    *

    O TERNO - horário: 16h
    Local: Líbero Badaró

    GIOVANNA BRESSANI
    FERNANDO MOLA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    Duração: Aproximadamente 45 min
    Poderia ter durado: Muito mais se não fosse a chuva
    Estado do público: Animado
    Lição: Virada e chuva não combinam
    O pior: O show foi interrompido quando faltavam apenas 3 músicas para acabar
    O melhor: Eles tocaram até "onde deu", mesmo com chuva não interromperam a música que acabou sendo a última
    Resumo: O show começou no horário, estava cheio e o clima bastante tranquilo

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