• Ilustrada

    Tuesday, 07-May-2024 05:40:49 -03

    De volta a Goiânia, Boogarins desfila seu arsenal de distorções em show

    AURÉLIO ARAÚJO
    ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA

    18/05/2014 01h20

    A banda Boogarins subiu ao palco do festival Bananada, em Goiânia, por volta das 23h50 de sábado (17).

    Era a volta dos filhos pródigos à terra natal, depois de uma turnê pela Europa e pelos EUA, engatada depois de assinarem com o selo americano Other Music (da mesma gravadora de Iggy Pop).

    Raphael Saboya/Divulgação
    Show da banda Boogarins é destaque do festival Bananada, em Goiânia
    Show da banda Boogarins é destaque do festival Bananada, em Goiânia

    O quarteto não decepcionou seus conterrâneos. Num show que teve em torno de 50 minutos, o Boogarins desfilou seu arsenal de distorções e sons esquisitos deliciosos.

    A maioria deles vinha da guitarra de Benke Ferraz, cheia de pedais —em determinado momento do show, ele chegou a se ajoelhar, sumindo da vista de quem observava de lá do fundo, apenas para brincar com os recursos.

    Um dos pontos altos do show foi "Lucifernandis", quinta do repertório e música que abre o único disco da banda, "As Plantas que Curam". Cantada pela maioriados fãs, ela foi marcada pelo impressionante vocal quase feminino de Fernando Almeida, o Dinho.

    Com sua cabeleira carismática, Dinho comandou a entrega do Boogarins no palco. O quarteto goiano abusou do instrumental, deixando à vontade quem queria "viajar" de olhos fechados com sua música psicodélica.

    Sem alguns de seus efeitos característicos de estúdio, a banda ao vivo chega a soar ainda mais como os australianos do Tampe Impala.

    Mas, ao cantar em português, o Boogarins parece reforçar seus laços também com influências nacionais, como Clube da Esquina e principalmente Os Mutantes.

    Reconhecendo o quanto a banda estava à vontade em sua casa, o público respondeu bem.

    Quando Dinho anunciou que iriam tocar a última música, o hit "Doce", quem não havia se soltado até aquele momento aproveitou a deixa.

    Encaixada estrategicamente entre dois headliners mais conhecidos (Bidê ou Balde e Móveis Coloniais de Acaju), a banda fez show de gente grande. E saiu muito aplaudida.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024