Da gravação de uma partida de pingue-pongue à leitura de um trecho da biografia da banda em alemão, tudo virou base para improvisar música no novo disco dos pernambucanos do Mombojó.
Mais música e menos canção. Poucas faixas seguem estrutura tradicional e têm aquele típico refrão para todo mundo cantar junto. "Alexandre", quinto álbum do grupo, é o mais experimental já feito pelo quarteto.
"A gente se permitiu fazer algumas músicas curtas, como vinhetas instrumentais. Parece uma volta ao Mombojó de antigamente, quando tínhamos mais frescor", diz Chiquinho, 30, responsável por teclados e bases.
| José de Holanda/Divulgação | ||
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| Da esq. para a dir., Marcelo Machado, Felipe S, Vicente Machado e Chiquinho, da banda Mombojó |
O disco será lançado em versão digital na próxima segunda (26). Já a edição física deve sair na primeira quinzena de junho. A turnê, no entanto, vai esperar a Copa passar e deve começar só em agosto, passando por cidades escolhidas pelos fãs no site queremos.com.br/mombojo.
Para a banda, que completou 13 anos recentemente, o álbum tem gosto de reencontro com o início da carreira também em função da escolha do nome. "Alexandre" vem de uma piada interna antiga, que quase batizou o disco de estreia, depois chamado de "Nadadenovo" (2004).
Um teclado usado por eles na época tinha uma gravação que dizia um "Are you sure?" (você tem certeza, em inglês) engraçado, que mais soava como um "Alexandre".
Para além da brincadeira, o nome surge como o de um personagem sobre quem foram feitas as histórias do disco.
As letras vão de crítica política —em "Rebuliço" e "Me Encantei por Rosário"— a memórias da adolescência, em "Summer Long", faixa em parceria com a cantora francesa Laetitia Sadier, da banda Stereolab, grande referência para o Mombojó.
"Foi a maior realização do mundo essa parceria. Quando ouvi a música, até chorei", conta o vocalista, Felipe S, 31.
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ALEXANDRE
ARTISTA Mombojó
GRAVADORA Slap/Som Livre
QUANTO R$ 25, em média