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    Solteira busca 'homens de Marte' em filme nacional

    GUILHERME GENESTRETI
    DE SÃO PAULO

    29/05/2014 02h35

    A solteirice aos 30 e tantos anos, para a atriz Mônica Martelli, rendeu o monólogo "Os Homens São de Marte...E É pra Lá que Eu Vou", peça que atraiu 2 milhões de pessoas. Agora, um filme espera repetir o sucesso do espetáculo.

    A produção estreia nesta quinta (29). Segue a cartilha das atuais comédias nacionais (veja quadro ao lado) e vai na trilha de um precedente favorável: o filme "Minha Mãe É uma Peça" também oriundo do teatro e campeão nacional de bilheteria em 2013, com 4,6 milhões de ingressos vendidos.

    Mônica, hoje com 46 anos, interpreta a protagonista, inspirada em sua própria vida: a empresária Fernanda, que pula de homem em homem em busca do marido perfeito.

    Divulgação
    O ator Peter Ketnath, que faz um dos namorados de Fernanda (Mônica Martelli) no filme 'Os Homens São de Marte...'
    O ator Peter Ketnath, que faz um dos namorados de Fernanda (Mônica Martelli) no filme 'Os Homens São de Marte...'

    Para dirigir o longa, orçado em R$ 7 milhões, ela chamou o cineasta Marcus Baldini (de "Bruna Surfistinha"). "Meu papel foi mais contribuir para contar a história, porque quem viveu tudo isso foi a Mônica", diz o diretor.

    Baldini também ajudou a compor o universo dos parceiros de Fernanda, que na peça são só citados, mas, no filme, ganham o corpo de Marcos Palmeira, Eduardo Moscovis, Peter Ketnath e Humberto Martins.

    Coincidência ou não, Fernanda vai acumulando naufrágios amorosos conforme transa com seus parceiros logo no primeiro encontro. "Não é machismo", diz Mônica. "É que a Fernanda espera tanto encontrar o amor que acaba cedendo para o desejo do outro até ficar calejada e saber escolher a hora certa."

    Segundo ela, a adaptação não encerra a saga da personagem, que começou a ser bolada numa sala na casa da mãe dela e se inspirou no best-seller de autoajuda "Os Homens São de Marte, as Mulheres São de Vênus", de John Gray.

    O filme estreia em 450 salas de cinema e deve virar uma série do GNT em 2015.

    Outros dois filmes saídos dos palcos não foram tão bem: "Irma Vap - O Retorno" e "Trair e Coçar É só Começar", ambos de 2006, não atraíram nem meio milhão de público.

    *

    A CARTILHA DA NEOCHANCHADA

    Não é comédia brasileira atual se não tiver:

    - Uma personagem que é bem-sucedida na carreira, mas fracassada no amor

    - Momento shopping center para varrer qualquer crise dos personagens

    - Palavrão retumbante na boca do galã ou da musa

    - A presença de comediante famoso, como Danilo Gentili ou Paulo Gustavo, no papel de coadjuvante

    - Um gay caricato

    - Participações especiais bizarras: Sandy como motorista bêbada, Anitta como repórter, Anderson Silva como policial disfarçado

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