O jornal "The New York Times" publicou nesta quinta (29) uma crítica elogiosa sobre o documentário brasileiro "Elena", de Petra Costa, que chamou de "poético e intensamente pessoal".
"Com imagens que flutuam livremente, 'Elena' se desdobra como um sonho cinematográfico cuja imagem central é a água, que simboliza a mágoa sendo lavada", escreveu Stephen Holden, que assina a crítica.
No longa, Petra busca respostas sobre a decisão da irmã de cometer suicídio, em 1990, após tentar a carreira de atriz em Nova York. A diretora, que seguiu os passos de Elena e estudou artes cênicas na mesma cidade, está agora nos EUA, onde o filme estreia nesta sexta (30), já bem recebido pela crítica local.
| Lucas Lima - 17.out.2012/Folhapress | ||
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| Petra Costa, diretora do documentário 'Elena' |
"O filme é uma colagem densa e impressionista de fragmentos de vídeos caseiros, recortes de jornais, trechos de diários e excertos de cartas, narradas pela Sra. Costa em um tom de tristeza onírica", escreveu o crítico no jornal.
Holden descreve o filme como a história de três gerações de mulheres: Elena, Petra, e a mãe das duas meninas, "uma presença sepulcral ao longo do filme", diz.
"Elena nasceu em 1969 no começo da ditadura que levou muitos artistas brasileiros ao exílio". Já Petra, que nasceu em 1983, "imagina um contínuo espiritual no qual a memória pessoal e histórica se fundem em uma torrente de consciência".
A busca de Petra é descrita como uma "tentativa de exorcizar sua mágoa sem limites e, ao fazê-lo, se poupar do destino trágico de Elena".
"Mais do que isso, [o filme] representa o correr da vida, com belas imagens de mulheres flutuando pelo tempo", conclui.
Veja o trailer do filme 'Elena', de Petra Costa: