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    Atividades da 'invasão cultural' são coordenadas por gestão coletiva

    IARA BIDERMAN
    DE SÃO PAULO

    04/06/2014 02h05

    Na terça-feira (3), o movimento Laboratório Compartilhado Todo Mundo 13 comemorou um mês de ocupação da antiga Escola Municipal de Bailado, na praça Ramos, centro da cidade.

    O espaço foi invadido por artistas de rua e coletivos, entre eles o Anhangabaroots, que já atuava na praça organizando eventos artísticos com a população local, incluindo de passantes às crianças moradoras de rua.

    A Secretaria Municipal de Cultura declarou em nota emitida em 15 de maio que "a invasão da antiga Escola de Bailado é totalmente ilegítima e ilegal" (leia mais aqui).

    "O vale do Anhangabaú é de todo mundo, menos de quem está aqui", diz uma das ocupantes do local, que prefere não se identificar.

    Editoria de Arte/Folhapress

    No movimento, todas as decisões são tomadas coletivamente, em assembleia, incluindo decisões práticas como organizar refeições a programação artística e declarações à imprensa.

    A programação da comemoração de terça, com oficina de grafite e almoço vegano comunitário, foi resolvida em uma dessas reuniões.

    A gestão coletiva do espaço é uma das características das ocupações artísticas em curso na cidade.

    Outra delas é a meta de democratizar o acesso às atividades artísticas. "A rua é meu palco, a arte é minha vida", diz um dos lemas do Laboratório Compartilhado TM 13.

    Na antiga Escola de Bailado, as salas estão sendo usadas por grupos de dança, teatro e circo para ensaios e, também, para oficinas com crianças ou adultos com vontade de fazer arte.

    Mas o espaço também está aberto para reuniões de entidades de classe e, claro, para os shows-festas -também um "must" das ocupações artísticas em São Paulo.

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