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    'Fiz pacto com Deus', disse Suassuna; relembre entrevistas do escritor

    DE SÃO PAULO

    23/07/2014 18h19

    O escritor paraibano Ariano Suassuna, que morreu nesta quarta-feira (23) aos 87 anos, devido a um AVC hemorrágico, deu diversas entrevistas à Folha, sobre os mais variados assuntos.

    Na última delas, em dezembro do ano passado, o escritor afirmou ter feito um pacto com Deus para, apesar dos problemas de saúde, conseguir concluir o primeiro volume do romance monumental em que trabalha há 33 anos e que deverá ter ao todo sete volumes.

    Na ocasião, contou que a obra completa se chamará "A Ilumiara" —o livro de abertura, um romance epistolar, será "O Jumento Sedutor"— e revelou versos que estarão ao final das cartas que encerrarão os capítulos.

    Em julho de 2012, Suassuna conversou com a Folha sobre suas "aulas-espetáculo", que ministrava por todo o país —espécie de conferência em que lançava mão de recursos de teatro, música, vídeo ou récitas, sempre tendo a literatura como tema principal.

    Na conversa, o escritor elencou quais seriam, em sua opinião, os dez maiores romances já escritos.

    Em março de 2005, ele deu entrevista na ocasião do relançamento da obra "O Auto da Compadecida", que completava 50 anos. Entre outros assuntos, abordou a ausência do riso na literatura contemporânea.

    Dois anos antes, Suassuna também estava promovendo um relançamento, o de "A Pedra do Reino". Na época, ele recebeu a Folha em sua casa no Recife e explicou por que nunca havia viajado ao exterior.

    Em 2000, quando passou a escrever uma coluna semanal na "Ilustrada", ele deu uma breve entrevista explicando como seria sua contribuição para as páginas do jornal.

    No ano anterior, a Folha publicou uma conversa entre Suassuna e o escritor paulista Raduan Nassar, que gerou diálogos curiosos sobre assuntos tão diversos quanto cabras e a obra de Dostoiévski.

    Em 1997, o paraibano falou sobre algumas passagens de sua vida, incluindo sua relação com o catolicismo e com o Partido Comunista.

    Já em maio de 1996, o escritor, então secretário da Cultura de Pernambuco, foi entrevistado ao relançar o Movimento Armorial, que, na década de 1970, realizou um trabalho de resgate da cultura popular nordestina na música, teatro, dança, cinema e artes plásticas.

    Em 1994, falou duas vezes ao jornal: em março, sobre a adaptação da peça "Uma Mulher Vestida de Sol", projeto de Luiz Fernando Carvalho, e em outubro, comemorando 50 anos de atividades literárias.

    Na ocasião, Suassuna lançou "A História do Amor de Fernando e Isaura", seu primeiro romance e que era até então inédito. A trama é inspirada na lenda medieval de Tristão e Isolda, transposta para o universo de mitos do Nordeste.

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