Neste fim de semana, vai ter berimbau com violino no Festival de Inverno de Campos do Jordão. Os dois instrumentos se misturam no tributo a Dorival Caymmi que a Camerata Brasil regida pelo pianista Marcelo Bratke faz no domingo (20), às 13h, na praça do Capivari.
No mesmo local, a Orquestra Jazz Sinfônica e o saxofonista Leo Gandelman tocam neste sábado (19), às 12h30, a música de Radamés Gnattali (1906-1988) recheada de ritmos brasileiros —uma delas com participação de banda. São apresentações gratuitas.
"O Radamés coloca um samba-canção numa música curta e as pessoas se ligam", diz João Maurício Galindo, maestro da Jazz Sinfônica, referindo-se a um dos movimentos da "Brasiliana nº 7", que integra o programa. "É muito fácil a obra dele conquistar o público. Há uma identificação."
| Davi Ribeiro/Folhapress | ||
 |
||
| Foto capta movimentos do maestro João Maurício Galindo (à esq.) e de Leo Gandelman em ensaio |
Originalmente feita para sax tenor e piano, a obra ganhou orquestração encomendada por Gandelman. No sábado, ela será executada pelos 75 músicos da orquestra mais uma banda com piano, guitarra, acordeão, baixo e bateria.
"É legal porque a peça explora o saxofone em toda a sua extensão, do mais grave ao mais agudo", diz Gandelman.
A orquestra vai abrir o concerto com a "Sinfonia nº 1", de Gnattali, e depois da "Brasiliana" tocará a "Valsa Triste", com instrumentos de corda e o sax de Gandelman, que encerra o programa com uma música sua, "Furuvudé".
Já a Camerata Brasil faz a última apresentação da turnê de tributo a Dorival Caymmi, iniciada em agosto de 2013, com uma formação de violino, violoncelo, flauta, clarinete e percussão, mais Bratke.
O grupo tocará um repertório de obras conhecidas, a começar por "O Trenzinho do Caipira", de Villa-Lobos (1887-1959) e "Wave", de Tom Jobim (1927-1994), que mistura berimbau com violino.
De Caymmi, músicas como "O que É que a Baiana Tem" e "É Doce Morrer no Mar", com arranjos criados pelo filho de Dorival Dori Caymmi.
Mas na hora da música dedicada a Mãe Menininha, o concerto virará festa. "A clarinetista pega um tantã e depois a flautista começa a bater palma, como num samba de roda. A essa altura, a plateia baterá palma junto", diz Bratke.
Depois, o violinista assume agogô e Bratke, atabaque. "Para terminar, a gente faz uma batucada de candomblé", diz Bratke.
45º FESTIVAL DE INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃO
QUANDO sáb (19), às 12h30 (Jazz Sinfônica e Leo Gandelman) e dom. (20), às 13h (Camerata Brasil com Marcelo Bratke)
ONDE praça do Capivari, s/nº, Campos do Jordão
QUANTO grátis
CLASSIFICAÇÃO livre