A Arquidiocese do Rio, detentora dos direitos sobre o uso da imagem do Cristo Redentor, decidiu autorizar a aparição da estátua no trecho do filme "Rio, Eu Te Amo" dirigido por José Padilha (de "Tropa de Elite") e protagonizado por Wagner Moura.

O trecho havia sido censurado em abril e, com isso, cortado da versão do filme que será lançada em setembro. Com a mobilização em torno do veto, porém, a Arquidiocese decidiu voltar atrás.

Segundo o comunicado recebido pela Conspiração Filmes, produtora do longa, "o Vicariato para a Comunicação Social e a Assessoria de Imprensa da Arquidiocese entenderam que o episódio não visou interesse religioso no trato à imagem do Cristo Redentor, portanto não houve desrespeito ao Cristo ou à religião católica."

O longa reúne dez histórias e 11 diretores e faz parte da franquia "Cities of Love, que já retratou Paris e Nova York.

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	Wagner Moura em gravação do trecho dirigido por José Padilha em 'Rio, Eu Te Amo'

No trecho "Inútil Paisagem", Moura salta de asa-delta e, enquanto sobrevoa o Rio, fala com o Cristo sobre suas crises existenciais.

Os produtores do filme afirmam, em nota, que começam agora o trabalho para tentar incluir o episódio na versão para os cinemas brasileiros, cuja estreia está marcada para 11 de setembro.

Em entrevista no início deste mês, o produtor Pedro Buarque de Hollanda afirmou que o veto era uma censura à liberdade de expressão e que houve diversas tentativas de reverter a decisão da Cúria, sem sucesso.
O veto também havia sido criticado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, para quem, além de patrimônio da Arquidiocese, a estátua é também um ícone da cidade.

Inaugurada em 1931, a estátua do Cristo Redentor virou um símbolo da cidade sob a guarda da Igreja.