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    Crítica: Teatro marca presença em longas de Scorsese e Resnais

    INÁCIO ARAUJO
    CRÍTICO DA FOLHA

    23/07/2014 02h58

    Não é difícil concordar com André Bazin, quando sustenta o cinema como arte impura. O teatro, por exemplo, é uma presença frequente nos filmes.

    "Os Infiltrados" ("The Departed", Warner, 23h13), de Martin Scorsese, ilustra bem essa ideia, na medida em que ali dois personagens centrais nada fazem senão representar um papel: o policial Leonardo di Caprio deve fazer o de bandido e infiltrar-se na gangue de Jack Nicholson. Matt Damon é seu oposto simétrico: sua tarefa é de infiltrar-se na polícia.

    Já em "Vocês Ainda Não Viram Nada" ("Vous n'avez Encore Rien Vu", TC Cult, 0h20) o teatro está em toda parte: há um autor que se manifesta por meio de imagens gravadas e vários atores que trabalharam com ele.

    Com isso, Alain Resnais (1922-2014) nos joga do real ao teatro e vice-versa, com a força habitual de seus filmes.

    Divulgação
    Matt Damon (à esq.), o policial corrupto, e Martin Sheen, o tira honesto, em cena de 'Os Infiltrados'
    Matt Damon (à esq.), o policial corrupto, e Martin Sheen, o tira honesto, em cena de 'Os Infiltrados'

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