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    Festival de Paulínia começa com selfie e 'parabéns a você'

    GUILHERME GENESTRETI
    ENVIADO ESPECIAL A PAULÍNIA (SP)

    24/07/2014 02h23

    O primeiro dia do Festival de Cinema de Paulínia foi marcado por tietagem, politicagem e atraso de mais de duas horas na sessão de abertura, a pré-estreia mundial de "Não Pare na Pista - A Melhor História de Paulo Coelho".

    Aposta do cinema nacional para o segundo semestre, o longa de Daniel Augusto é a cinebiografia do escritor nos tempos anteriores à fama.

    O roteiro centra fogo na relação de Paulo Coelho com seu pai, que não queria que ele virasse escritor, além de abordar passagens como a parceria com Raul Seixas.

    O filme foi aplaudido pelas mais de mil pessoas que lotavam o Teatro Municipal, mas sem entusiasmo.

    Divulgação
    Martinho da Vila e Bibi Ferreira em cena de documentário 'O Samba', do francês Georges Gachot
    Martinho da Vila e Bibi Ferreira em cena de documentário 'O Samba', do francês Georges Gachot

    "A cerimônia demorou um pouco, então a galera ficou meio cansada. Mas foi uma boa estreia", disse à Folha o ator Julio Andrade, que faz o papel do escritor no filme.

    Marcado para começar às 20h30, o filme só começou depois das 22h30. Às 20h, os principais convidados do festival ainda passavam pelo tapete vermelho.

    A atriz inglesa Jacqueline Bisset chegou por volta deste horário, junto de Abel Ferrara, diretor de "Bem-Vindo a Nova York", e a chegada do ator americano Michael Madsen ("Kill Bill") gerou alvoroço na entrada do teatro.

    Martinho da Vila, o mais assediado, foi parado para tirar selfies com outros convidados. O músico participa do documentário "O Samba", do francês Georges Gachot.

    Às 21h10 começou a cerimônia, que teve homenagem ao ator americano Danny Glover, elogiado por seu ativismo social. Aniversariante do dia, o ator recebeu um "parabéns a você" do público.

    Chamado ao palco, Martinho da Vila dispensou o discurso. "Não sou de falar, sou de cantar", disse emendando "Devagar, Devagarinho", enquanto Abel Ferrara ensaiava um passinho discreto.

    O prefeito de Paulínia, Edson Moura Junior (PMDB), aproveitou o discurso para chamar ao palco o pai, o ex-prefeito Edson Moura, idealizador do polo de cinema e do festival de Paulínia. O evento então se transformou em palanque político por mais de 15 minutos.

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