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    Filme com Deborah Secco é aplaudido em Paulínia

    GUILHERME GENESTRETI
    ENVIADO ESPECIAL A PAULÍNIA (SP)

    26/07/2014 02h51

    João (João Pedro Zappa) é um adolescente viciado em calmantes. Quando mistura o remédio Frontal com o refrigerante Fanta, diz que consegue ficar invisível para sua família disfuncional. Internado numa clínica de reabilitação, conhece Judite (Deborah Secco), paciente com Aids por quem se apaixona.

    O drama "Boa Sorte", de Carolina Jabor, inspirado em conto escrito pelo diretor gaúcho Jorge Furtado, foi até quinta (24) o filme mais concorrido e aplaudido do Festival de Cinema de Paulínia.

    Universo retratado pelo cinema à exaustão, a instituição psiquiátrica é só pano de fundo do romance dos personagens, segundo Jabor. "Não quis dar protagonismo a isso. A história de amor tinha que vir na frente", afirma a diretora, estreante na ficção.

    Divulgação
    João Pedro Zappa e Deborah Secco em cena do drama 'Boa Sorte', de Carolina Jabor
    João Pedro Zappa e Deborah Secco em cena do drama 'Boa Sorte', de Carolina Jabor

    Também foi por causa do romance que Deborah Secco diz ter pedido para participar do projeto. "Sempre quis contar a história de um amor impossível. Cresci vendo 'Ghost', 'Dirty Dancing', 'Uma Linda Mulher'", conta.

    Segundo ela, Judite é o papel mais importante de sua carreira. Deborah diz ter emagrecido 11 kg para viver a personagem e se preparado para interpretar uma portadora do vírus HIV com o infectologista David Uip, secretário de Saúde do Estado de SP.

    A diretora diz que buscou fugir do melodrama, comum a sucessos de enredo semelhante, como o longa norte-americano "A Culpa É das Estrelas". "O conto já é mais pop, não é narrado de forma trágica. O filme quis repetir esse tom realista, sem exageros."

    A noite de quinta terminou com a exibição de "Castanha", do gaúcho Davi Pretto, exibido no começo do ano no Festival de Berlim. Situado no limite entre ficção e documentário, apesar de enquadrado na primeira categoria pelo festival, o filme acompanha o dia a dia de um transformista de Porto Alegre.

    O próprio ator que vive o personagem-título é um transformista na vida real. E as casas noturnas que ele frequenta no filme são aquelas em que realmente se apresenta. A parte ficcionalizada fica por conta das relações familiares inventadas, em que o sobrinho do protagonista é preso.

    "É documentário, é ficção, mas eu prefiro chamar só de filme", diz Pretto.

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