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    Mano Brown apresenta seu lado romântico em festival na Bahia

    GIULIANA DE TOLEDO
    ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR

    29/07/2014 02h00

    Mano Brown, vocalista dos Racionais MC's, exalta o amor. Espanholas recebem um coro de baianas. Márcio Victor, vocalista da banda Psirico, do hit "Lepo Lepo", comanda uma roda de samba de raiz.

    Foi com momentos inusitados como esses que o festival PercPan (Panorama Percussivo Mundial) chegou à sua 20ª edição no último final de semana, retornando à capital baiana, onde nasceu, após quatro anos em outras cidades.

    Ao ar livre e gratuito pela primeira vez, o evento reuniu, ao todo, de sexta (25) a domingo (27), cerca de 11 mil pessoas, segundo a organização.

    Na primeira noite, dedicada à percussão vocal e corporal, a multidão que lotou a praça da Cruz Caída, no Pelourinho, assistiu aos grupos vocais Banda de Boca (Bahia), Barbatuques (São Paulo) e Vocal Sampling (Cuba).

    O êxtase do público, porém, só veio mais tarde, com um Mano Brown que vestia "roupa de chefe", como ele mesmo definiu a opção por terno e gravata. O rapper, conhecido pelas letras de discurso político, apresentou sua faceta romântica com disco music, soul e funk.

    Marcos Hermes/Divulgação
    Mano Brown, do Racionais MC's, em seu show solo na Bahia
    Mano Brown, do Racionais MC's, em seu show solo na Bahia

    O romantismo entreteve, mas a comoção total da plateia veio com "Artigo 157" e "Vida Loka (Parte 2)". Os sucessos dos Racionais levaram alguns fãs a subirem no palco, que ficou lotado.

    A noite do sábado homenageou o papel das mulheres na percussão. Assim, o grupo galego Leilía experimentou o samba ao receber As Ganhadeiras de Itapuã, que chegaram com uma imagem de Sant'Ana.

    Estas mais tarde se encontrariam com Margareth Menezes e a banda Didá, formada somente por mulheres na percussão de samba reggae.

    Margareth fez também dueto com a cantora Sayon Bamba, da Guiné, que mostrou seu afrobeat com a Orquestra Obìnrin, criada para este PercPan.

    Já o domingo foi de contrastes entre tradição e modernidade. O grupo Aguidavi do Jeje abriu a noite com a percussão dos terreiros de candomblé, deixando o público bem aquecido para o Samba Chula de São Braz.

    Ao chamar ao palco Márcio Victor, para cantar e tocar timbal, o grupo tradicional do Recôncavo fez surpresa. "Lepo Lepo" virou samba de roda, dançado pelo vocalista rodeado de cinco baianas.

    A noite, que terminou com show de Marcelo D2, teve ainda a percussão eletrônica e experimental do grupo Percussivo Mundo Novo e rap nordestino, com o DJ Cia e o percussionista Gabi Guedes.

    A jornalista GIULIANA DE TOLEDO viajou a convite da produção do festival

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