Um dos mais respeitados videomakers alemães da atualidade, o artista Harun Farocki morreu nesta quarta (30), aos 70 anos. A informação foi confirmada pela revista alemã "Monopol" e a causa da morte não foi divulgada.
Farocki nasceu em 1944 em Novy Jicin, hoje parte da República Tcheca, mas que na época pertencia à Alemanha. Ele estudou na Academia Alemã de Cinema e Televisão de 1966 a 1960, desenvolvendo um estilo de documentário que investiga a natureza das imagens.
De 1974 a 1984, foi editor do jornal especializado em cinema "Filmkritik". Na década de 1990, mudou-se para a Califórnia, EUA, para lecionar na Universidade de Berkeley.
Na última década, o artista, que fez mais de 90 filmes durante sua carreira, tornou-se mais envolvido com o mundo das artes.
Seus trabalhos –que abordam da queda da ditadura romena à guerra no Iraque– questionam a relação entre o audiovisual e a política, a tecnologia e a guerra.
Em 2007, ele apresentou na Documenta 12 o filme "Deep Play", um recorte de imagens da Copa de 2006, na Alemanha.
Suas obras foram exibidas em mostras dedicadas a sua carreira, no museu Hamburger Bahnhof, de Berlim, no Museu de Arte de Tel Aviv, no Moma de Nova York e no Tate Modern de Londres, entre outros.
Em 2010, o artista participou também da Bienal de São Paulo, além de ganhar uma retrospectiva no Cinusp e na Cinemateca.