• Ilustrada

    Wednesday, 26-Jun-2024 03:41:06 -03

    Longa do Afeganistão é sonho melancólico difícil de esquecer

    ANDRÉ BARCINSKI
    DE ESPECIAL PARA A FOLHA

    24/08/2014 02h51

    Um filme tão triste, bonito e silencioso quanto as mulheres afegãs que retrata. "A Pedra de Paciência", de Atiq Rahimi, um afegão que vive na Europa desde os anos 1980, conta, de forma simples e austera, a história de uma mulher sem nome –e que, por não ter nome, simboliza muitas.

    Quando o filme começa, vemos a mulher (a atriz iraniana Golshifteh Farahani) no quarto de um prédio dilapidado por bombas e tiros, conversando com um corpo inerte do chão.

    O corpo é do marido –também não identificado–, um guerrilheiro que levou um tiro no pescoço e está há semanas em estado vegetativo.

    Divulgação
    Golshifteh Farahani em cena do filme 'A Pedra de Paciência'
    Golshifteh Farahani em cena do filme 'A Pedra de Paciência'

    Aos poucos, vamos descobrindo o passado da mulher e conhecendo outros personagens: seus dois filhos pequenos; uma tia que a ajuda com comida e água; um soldado afegão que invade o apartamento.

    O roteiro, inspirado em um livro do próprio Rahimi, foi escrito em parceria com o grande Jean-Claude Carrière, colaborador frequente de Buñuel, e vai revelando, sem pressa, toda a complexidade de uma história que, à primeira vista, parece banal.

    "A Pedra de Paciência" lembra um sonho melancólico e impossível de esquecer.

    A PEDRA DE PACIÊNCIA
    (Syngué sabour, pierre de patience)
    DIREÇÃO Atiq Rahimi
    PRODUÇÃO Afeganistão, França, Alemanha, Reino Unido, 2012
    ONDE Reserva Cultural 2
    CLASSIFICAÇÃO 14 anos
    AVALIAÇÃO bom

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024