Numa reunião realizada na última segunda-feira (8), o Procure Saber definiu que vai focar sua atuação em três principais áreas: a regulamentação da lei do Ecad, a arrecadação de direitos autorais na internet e as leis trabalhistas que regem o dia-a-dia dos músicos.

O grupo já é uma associação formal, que cobra anuidade de R$ 1.000 dos seus membros, e pretende ampliar e intensificar sua atuação como representante de classe artística.

A lei que modifica o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e a gestão de direitos autorais no Brasil entrou em vigor em dezembro de 2013. A norma estabelece, dentre outras mudanças, o aumento do repasse de recursos aos autores de músicas, além da fiscalização ao Ecad por parte do governo. O texto de regulamentação, contudo, ainda não foi publicado.

Em 2013, o apoio à lei de músicos membros do Procure Saber contribuiu para sua aprovação no Senado, com a presença de Caetano e Roberto Carlos (que saiu do grupo) no plenário.

O grupo também pretende aumentar sua atuação na arrecadação de direito autoral na internet. Durante a Copa, Paula Lavigne pediu explicações à seleção alemã por usar a canção "Tieta", de Caetano, sem autorização, num vídeo postado no YouTube. Para isso, o grupo criou uma comissão digital, que será coordenada por Flora Gil. Na reunião, foram abertas as inscrições para participar dela.

O Procure Saber não respondeu aos pedidos de entrevista até a noite desta terça-feira (9).

Cerca de 60 pessoas estavam presentes, segundo um participante. Participaram da reunião os conhecidos medalhões do grupo, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Erasmo Carlos e Djavan. Também estavam presentes representantes da classe artística de São Paulo, como a advogada dos Racionais MC's, Jairzinho, Simoninha, Emicida e Ana Cañas.

O grupo estudo a possibilidade de levar a reunião a outros Estados para divulgar suas pautas e atrair mais membros.