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    Obras de arte apreendidas durante o regime nazista são alvo de disputa

    SILAS MARTÍ
    ENVIADO ESPECIAL A MINAS GERAIS

    13/10/2014 02h03

    Enquanto Minas Gerais fecha o cerco contra o desvio de imagens sacras e irrita colecionadores, esse tipo de ação é comum no mundo.

    No início deste ano, herdeiros do colecionador alemão Oscar Wassermann cobraram do Masp a devolução da tela "O Casamento Desigual", atribuída a um discípulo do pintor flamengo Quentin Matsys e no acervo do museu paulistano há quase 50 anos.

    Divulgação
    A tela 'O Casamento Desigual', óleo sobre madeira, do século 15
    A tela 'O Casamento Desigual', óleo sobre madeira, do século 15

    Netos de Wassermann alegam que a tela avaliada em cerca de R$ 70 mil foi vendida, entre outras obras, nos anos 1930 para financiar a fuga da família da Alemanha e que por isso eles teriam direito a uma indenização ou à restituição da obra de arte.

    Há dois anos, a apreensão de mais de mil quadros, entre eles peças de Picasso, Monet e Renoir, em posse do colecionador alemão Cornelius Gurlitt, também dominou manchetes ao vir à tona.

    Filho de um marchand que comprava obras de "arte degenerada" roubadas por agentes do regime de Hitler, Gurlitt acabou morrendo em maio deste ano e deixou as peças para um museu suíço.

    Herdeiros de algumas delas, no entanto, como um Matisse avaliado em US$ 20 milhões, ainda podem disputar a posse da tela na Justiça. Ou seja, a novela não acabou.

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