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    Novo festival em Recife reúne Gil, Caetano e outros grandes da MPB

    THALES DE MENEZES
    EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

    20/10/2014 03h01

    O calendário de grandes eventos musicais no país passa a ter agora um festival dedicado exclusivamente à MPB. Sem sertanejo, axé, forró ou rock, para priorizar a "MPBzona", aquela sempre associada a nomes como Gilberto Gil e Caetano Veloso.

    E é essa dupla que se destaca nos dois dias do Festival MPB, marcado para 13 e 14 de dezembro, em Recife. No primeiro dia, Gil faz o show principal ao lado de Marisa Monte. Caetano se apresenta sozinho na noite seguinte.

    Segundo Carla Bensoussan, uma das organizadoras, a ideia veio há um ano e meio. Ela e seus parceiros, Augusto Acioli e Juliana Cavalcanti, viram pesquisa nacional de consumo musical que apontava a MPB tradicional como preferida por 47% das pessoas.

    "Em Recife e Salvador, a predileção por MPB atingiu quase 70%", conta Carla. "Ficamos em dúvida se faríamos em Recife ou Salvador, mas a opção veio pela localização." A capital pernambucana fica em posição central no Nordeste.

    Carla conta que Acioli produziu há poucas semanas o festival Samba Recife no mesmo local do novo evento, o Centro de Convenções de Pernambuco, chegando a vender 80 mil ingressos por dia.

    LOUNGE
    O Festival MPB aguarda pelo menos 40 mil pessoas por noite. Não há pista VIP, mas um lote de ingressos será vendido para o espaço Lounge. "Há uma presença forte de público A e B nessa predileção por MPB. O lounge tem certo conforto, com mesas e banheiros diferenciados", afirma a produtora.

    Serão dois palcos, batizados de Recife e Olinda, mas sem shows simultâneos.

    A escalação traz pesos-pesados. Reúne também Seu Jorge, Maria Gadú, Lenine, Nação Zumbi e Ana Carolina, e presenças levemente "roqueiras" como Arnaldo Antunes e a Banda do Mar, projeto de Mallu Magalhães e Marcelo Camelo.

    O elenco tem o dedo de Flora Gil, empresária e mulher de Gilberto Gil, convidada a produzir o evento com os agentes locais. Ela gostou da proposta do show duplo. "Gil é fã da Marisa, ela é fã dele, por que não?"

    13º SALÁRIO
    Sobre a escolha de dezembro, elas acham que a preocupação com as festas de fim de ano não deve desviar a atenção do festival. "Nessa época, as pessoas, principalmente os estudantes, já estão numa 'vibe' de veraneio. Queremos fazer do festival uma abertura oficial do verão musical", defende Carla. "E há o 13º salário, um extra para comprar os ingressos. É uma grande ajuda", diz Flora.

    A organização quer levar o festival a outras capitais. Nos planos está uma edição em Brasília, em março, que pode ser seguida de datas em São Paulo, Rio e Belo Horizonte.

    Editoria de Arte/Folhapress
    AS ATRAÇÕES DO FESTIVAL MPB Programação completa do evento em Recife

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