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    Crítica: 'O Prazer' mostra que o cômico também pode conter lirismo

    INÁCIO ARAUJO
    DE CRÍTICO DA FOLHA

    23/10/2014 02h57

    A obra de Max Ophüls (1902-1957) é tão bela quanto complexa. Nela, o barroco das imagens corresponde aos movimentos complexos da alma. Complexos, mas como que incompletos.

    É o que se pode ver em "O Prazer" ("Le Plaisir", TV5 Monde, 19h30), de 1952. Três esquetes em que a palavra do título nem sempre se realiza, como no segundo, em que frequentadores de um bordel encontram a porta fechada: madame e garotas foram à primeira comunhão da sobrinha da madame.

    É só um exemplo desse filme em que o cômico pode se encher de lirismo e que marca bem o aspecto "adulto" do cinema feito na França então. E feito por um mestre que naturalizou-se francês pouco antes da guerra, mas teve de se refugiar nos EUA, onde fez belos filmes. Sua volta à França, nos 1950, foi luminosa, como se poderá conferir aqui.

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