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    Marina Colasanti e Laurentino Gomes são os grandes vencedores do Jabuti

    DE SÃO PAULO

    18/11/2014 21h03

    O livro infantil "Breve História de um Pequeno Amor" (FTD), de Marina Colasanti, e "1889" (Globo Livros), de Laurentino Gomes, foram os grandes vencedores da 56ª edição do Prêmio Jabuti. O resultado foi anunciado na noite desta segunda-feira (18), em cerimônia no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.

    Os títulos, que haviam ficado em primeiro lugar em suas respectivas categorias na segunda fase do prêmio, foram agora escolhidos como melhor livro do ano de ficção e de não ficção, respectivamente. Seus autores receberam R$ 35 mil cada um.

    "Prêmio absolutamente inesperado, os infantis sempre achamos que nos veem como outra categoria. É um ganho para as crianças que nos leem e para todos que batalham pra fazer um Brasil leitor", disse a escritora ítalo-brasileira Marina Colasanti, 77, ao receber seu troféu.

    Por meio de prosa poética, seu livro relata o encontro de uma escritora com dois filhotes de pombo.

    Apesar de este ser o sexto Jabuti do jornalista paranaense Laurentino Gomes, 58, – o terceiro na categoria livro do ano, vencida pelos outros dois volumes da trilogia inaugurada por "1808"– ele se disse surpreso com o resultado.

    "Meu coração disparou no palco. Tinha um concorrente que respeito muito hoje, meu amigo Lira Neto [autor da biografia 'Getúlio']. Tinha certeza que ele iria ganhar", disse.

    O livro "1889" passeia pelo fim da monarquia, pela abolição da escravatura e pelo começo da República no Brasil.

    Durante a cerimônia, os ganhadores de cada uma das 27 categorias, anunciados no último dia 16, subiram ao palco para receber seus troféus. Cada um deles recebeu R$ 3.500.

    O Jabuti é a honraria mais tradicional do mercado editorial brasileiro. Neste ano, 2.240 títulos foram inscritos inscritos –133 concorrentes a mais do que em 2013.

    Como em edições anteriores, houve problemas na apuração de algumas notas.

    O regulamento diz que cada jurado (são três por categoria) deve atribuir notas a todos os finalistas –a abstenção é proibida.

    No entanto, em cinco categorias (capa; artes e fotografia; economia, administração e negócios; teoria e crítica literária; e literatura infantil) pelo menos um dos jurados não votou em algum dos finalistas.

    "Foi um mal entendido que fez nosso sistema [de apuração] entrar em pane, e nós com ele. Achamos melhor pagar o preço [ao rever o resultado] e manter a equanimidade do prêmio", disse Marisa Lajolo, curadora do prêmio, antes da cerimônia.

    Após a correção da organização, o vencedor na categoria artes e fotografia mudou. "Cenografia Brasileira: Notas de um Cenógrafo" (Sesc-SP), de José Carlos Serroni, que não aparecia entre os três primeiros colocados na votação original, derrubou para o segundo lugar a obra "Walter Zanini: Escrituras Críticas", com organização de Cristina Freire.

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