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    Em 2015, 'normcore' e negação do consumismo serão punks

    PEDRO DINIZ
    COLUNISTA DA FOLHA

    03/12/2014 02h07

    Destaque nas passarelas de Nova York, Paris e São Paulo, o estilo intitulado "normcore" deverá se transmutar em 2015. A atitude de negar o que é moda, optando por usar roupas básicas –ou normais– e avessas à "ostentação" da década de 1980, trará de volta o estilo punk às ruas e à passarela.

    Indícios dessa retomada começaram a ficar evidentes desde o ano passado, em passarelas como a de Hedi Slimane, em sua estreia como estilista da grife francesa Saint Laurent e, neste ano, com a influência da indumentária dos músicos dos anos 1970 nas coleções.

    Os punks e seus ideais anarquistas se encaixam tanto no universo da música quanto na negação do consumismo proposta pelo "normcore". A junção das duas vertentes deverá formar a equação da próxima temporada de desfiles.

    ESPINHOS

    Tachas, espinhos, calças puídas, sapatos de cano médio e alto e uma verve fetichista –com muito couro– podem substituir, segundo birôs de tendências internacionais e especialistas de moda, as calças boca de sino e o excesso de flores da década de 1970 que dominou boa parte das coleções.

    A partir de dois livros recém-lançados pela Publifolha, "100 anos de Moda Masculina" e os dois últimos volumes da série "50 Ícones que Inspiraram a Moda", que tratam dos anos 1980 e 1990, identificam-se transformações sociais que norteiam a tese desse retorno.

    No primeiro título percebe-se a evolução dos rebeldes desde os anos 1950, quando os atores James Dean (1931-1955) e Marlon Brando (1924-2004) transformaram a dupla jeans e camiseta em símbolo de rebeldia.

    No segundo título, nota-se a chegada da ostentanção oitentista, com marcas e estilistas ganhando projeção.

    Já a biografia da estilista inglesa Vivienne Westwood –com depoimento dela ao escritor Ian Kelly e ainda sem data de lançamento no Brasil– é apontada como grande livro fashion da próxima temporada, fato que deve temperar ainda mais o retorno do punk à ribalta.

    Narra-se, por exemplo, a criação da loja londrina Sex, dela e de seu então marido, Malcom McLaren (1946-2010), e das roupas rasgadas do grupo Sex Pistols.

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