Três décadas ilustrando textos alheios na imprensa —inclusive na Folha, da qual foi colaborador fixo de 1985 a 2012— deram a Orlando Pedroso, 55, a inquietação de criar a partir de seus escritos.

Afinal, se traduzia em imagens até ideias com as quais não podia concordar menos, por que não fazer o mesmo com o que pensava?

Isso o levou a iniciar, em 2006, uma rotina cujo resultado, "Filosofias Baratas me São as Mais Caras" (Global), um caprichado volume em cores e de capa dura, tem lançamento nesta quarta (3) em São Paulo.

	Orlando/Divulgação
	Imagem do livro 'Filosofias Baratas me São as Mais Caras' (Global), de Orlando

O hábito era assim: de manhã, antes de começar a trabalhar, abria um bloco, pensava numa frase, ilustrava, pintava, escaneava e colocava no site fotolog.com.br/orlandopedroso.

Podiam ser pensamentos divertidos ("Amava a natureza e era feio pra dedéu. Fez ogronomia") ou, como define, dramáticos ("Dormir é um ato de egoísmo como um pequeno suicídio diário").

"Contaminado", como diz, pelo contista Dalton Trevisan e pelos jornalistas Leon Eliachar e Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, elaborou 730 jogos de palavras, dos quais 190 foram parar no livro.

"O livro foi registrado como de humor', mas é indefinível. Tem haicais sem métrica, trocadilhos infames", diz.

FILOSOFIAS BARATAS ME SÃO AS MAIS CARAS
AUTOR Orlando Pedroso
EDITORA Global
QUANTO R$ 69 (196 págs.)
LANÇAMENTO nesta quarta (3), às 19h30, no bar Mundial (r. Girassol, 354, SP), a R$ 59 (promoção)