Referência de música brasileira ao redor do planeta, Sérgio Mendes há tempos adotou uma proposta colaborativa em seus álbuns. "Timeless" (2006), "Encanto" (2008) e "Bom Tempo" (2010) vieram recheados de convidados ilustres a cada faixa.

O formato é aprimorado em seu mais recente trabalho, "Magic", gravado em Salvador, no Rio e em Los Angeles, onde Mendes mora desde os anos 1960, quando explodiu mundialmente com sua gravação de "Mais que Nada".

	Marlene Bergamo/Folhapress
	Sérgio Mendes, que mora nos Estados Unidos, em visita ao Brasil, no hotel Fasano (SP)

Ele explica à Folha que não há método nem logística na reunião de nomes famosos nas gravações do álbum, que levaram nove meses e deram origem a um repertório de faixas fortes, de vários estilos.

"São encontros espontâneos, com gente que já trabalhou muito comigo, como o Carlinhos Brown, e com quem inicio parcerias, como Maria Gadú e Ana Carolina."

Desta vez Mendes compõe mais do que nos discos anteriores. "Fiz a música de 'Don't Say Goodbye' e, por sugestão da minha mulher, Gracinha Leporace, mandei para o John Legend. Ele respondeu em cinco minutos, dizendo 'vou escrever a letra e gravar'. Foi simples assim", conta.

Falando sobre parceiros mais antigos, ele disse ter ficado impressionado quando will.I.am, do grupo pop Black Eyed Peas, contou que conhecia "Noa Noa". "É a canção com a qual ganhei meu primeiro prêmio de composição, em 1962. E foi um prêmio da Folha, olha só!"

De Carlinhos Brown, lembra do primeiro contato, em 1990. "O telefone tocou às duas da manhã. Nessa hora, ligação do Brasil não podia ser coisa boa, né? Mas foi ótimo, ele já foi logo cantando!"

MAGIC
ARTISTA Sérgio Mendes
LANÇAMENTO Sony Music
QUANTO R$ 30 (CD)